PMDB: fazer oposição ou render-se às orientações do futuro governador?

Publicado em   25/dez/2014
por  Caio Hostilio

andrea-murad-1O PMDB ainda não se pronunciou oficialmente a respeito da eleição para presidente da Assembleia Legislativa. Mas a discussão está nos revelando uma preocupação além da escolha de um representante, dentro do partido ou entre seus aliados, para concorrer à presidência como a Andrea Murad vem questionando.

Para a deputada eleita, até poderia haver consenso se o nome para a presidência não fosse tão diretamente indicado pelo novo governador. “A candidatura de Humberto Coutinho não foi consenso entre os deputados, ela foi imposta pelo governador desde um jantar comemorativo em Caxias. E diante das circunstâncias, acho que podemos ter uma segunda opção”. Ela recorda o episódio que elegeu o deputado Arnaldo Melo como presidente da Assembleia em 2011, onde os deputados da casa desejaram independência e assim foi o desejo da maioria. “E que independência teremos com Humberto Coutinho? Na minha concepção é incompreensível e inaceitável. Não podemos simplesmente permitir que seja imposta uma vontade do novo governador — de quem somos oposição —  sem ao menos discutirmos o assunto.” afirmou Andrea que deixou claro que não é canidata a presidente da casa e nunca cogitou esta possibilidade.

Sobre o deputado Roberto Costa, Andrea disse que ainda não conversou com o parlamentar e deixa claro que este é um posicionamento pessoal e não fala em nome de partido, mas tem muitos questionamentos. Na opinião da deputada, eleger Humberto Coutinho é colocar dois poderes nas mãos de Flávio Dino.

“Afinal, o PMDB vai render-se a decisão de uma chapa única direcionada pelo novo dono do palácio ou irá manter seu papel de oposição real a partir de 2015? Não fazer restrição a este fato não é tirar o partido da linha de oposição? Eleger Humberto não é dar os dois poderes para Flávio Dino, o Executivo e o legislativo? E a minha principal pergunta: que tipo de oposição fará então?”

Essas perguntas que eu acho que precisamos alinhar, um deputado só não pode responder pelo partido, nem eu sozinha, nem Roberto sozinho, até porque existem mais dois deputados, Max e Nina, e teremos que conversar e chegar a um entendimento.” Andrea Murad destacou que apresentar um nome para a disputa é mais coerente e democrático.

“Se de fato Roberto já tem uma posição definida, o que ainda não conversamos, só me resta lamentar muito essa adesão dele ao candidato imposto pelo governo. Mas vou continuar defendendo uma candidatura independente, formada pelos deputados eleitos nas coligações que deram apoio ao Lobão Filho e que formam ampla maioria na Assembleia. E não trata-se de marcar posição não, é porque acredito que temos capacidade de concorrer e ganhar a presidência da casa. Temos muitos deputados experientes que podem encabeçar uma chapa independente. Precisamos ter liberdade para defender os interesses do povo e não os interesses do governo”.

  Publicado em: Governo

Uma comentário para PMDB: fazer oposição ou render-se às orientações do futuro governador?

  1. Fla disse:

    Não consigo entender o posicionamento do Deputado Roberto Costa ,o mesmo faz parte do grupo que sempre foi massacrado pela oposição de que amanhã será governo e por que o nobre deputado quer facilitar a vida desses que responsabilizam o seu grupo por tudo de ruim que aconteceu e acontece no Maranhão?

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