Jornal do Brasil
Hoje percebe-se que analistas políticos de países que sempre estiveram envolvidos com a sanguinária morte dos inimigos do poder, merecendo que seus artistas pintassem a morte e fossem premiados – não a morte, morte. Mas a morte de 10% de sua população, no impactante quadro ‘Guernica’ – escrevem em jornais de seus países artigos violentos, como se o Brasil pudesse representar melhor que o seu próprio país a corrupção e a morte de sua população. População que, por uma monarquia corrupta, teve que ver seus filhos sacrificados em sanguinária guerra civil.
Instalada a “democracia” com regime monárquico, dois ou três meses depois uma tentativa de golpe no parlamento quase traz de volta a direita fascista. Naquele país ninguém sabia, a não ser meios de comunicação militares, que o jovem rei, com o embaixador monárquico instalado na monarquia inglesa, estava envolvido numa corrupção com o xá da Pérsia.
Na suposta democracia, logo no primeiro dia de governo um vice-presidente comunista se envolvia em grande corrupção com o trem-bala Madri-Sevilha e outras compras na companhia alinhadas também com o governo socialista. Todos os governos envolvidos num lamaçal de corrupção trouxeram de volta o partido da direita, que teve um primeiro-ministro – hoje milionário advogado – que, envolvido com a guerra do Iraque, preferiu culpar seus irmãos pela explosão de sua estação ferroviária com várias mortes a responsabilizar os verdadeiros culpados estrangeiros.
O rei, aproveitador da vida e da sorte, negou seu pai para ser criado por um ditador e sucedê-lo. Ditador que havia afastado seu próprio pai.
Hoje, este rei está abandonado, mas não preso. Sua filha e seu genro roubaram, e não estão presos. E aqueles ministros que roubaram, nunca estiveram presos.
Como pode esses senhores analistas escreverem contra a corrupção e ainda aconselharem? Quem são eles? Parece que a sorte do juiz Garzon não é comentada por esses analistas. Escrevam. Quem é Garzon? Onde está e por que está onde está?
Publicado em: Governo