Não poderia iniciar este artigo, antes de buscar a filosofia, visto que o pensamento singular e subjetivo do homem moderno é o fracasso da razão que objetivou tudo e todos, inclusive a filosofia profissional (Boaventura – Para uma Ciência Pós-moderna). Sem o outro eu, sem o pensar comigo mesmo, sem a auto-reflexão, tudo se reduz à razão instrumentalista no ciclo da produção-consumo, tudo se extingue no estrito cumprimento “anencéfalo” dos códigos, dos manuais, dos processos, da manipulação técnico-mediática da linguagem, do reino da forma sobre o conteúdo. O homem que não pensa consigo mesmo não tem uma moral, não pode ser ético, não pode optar, não pode ser livre, não pode respeitar-se a si mesmo, e, conseqüentemente, não pode respeitar o próximo, acatar a opção do semelhante. Neste esvaziamento do ser-para-si, banaliza o outro, reduz a existência humana a quase nada, indestinge o bem do mal, o certo do errado, e deixa-se levar como rebanho aos paroxismos da bestialidade.
Perante a onda avassaladora da comunicação, só há uma saída que, todavia, não é linear: a estratégia da filosofia na sua luta contra a imediatitude logocêntrica e comunicativa não pode ser senão oblíqua.
É certo afirmar que vivemos um tempo em que a informação se tornou tão vital para o homem que passou a integrar o arcabouço de seus direitos fundamentais. Defender a boa qualidade da informação, pois, é defender um dos mais importantes direitos fundamentais do homem.
Não se pode negar, de maneira alguma, que as mídias, principalmente a imprensa escrita, foram bem usadas em momentos-chave da história, como nos tempos da ditadura militar, quando a pressão de parte dessa imprensa ajudou a pôr fim à opressão de nossa sociedade pelo regime dos generais. Contudo, é impossível ignorar que a ditadura foi imposta ao país graças, também, à mesma imprensa que hoje vocifera seus neo-pendores democráticos, nascidos depois que sua recusa pretérita de aceitar governos eleitos legitimamente atirou o país naquela ditadura de mais de vinte anos.
Por outro lado, existe o lado perverso da mídia, por contraditório que possa parecer, à sua natureza privada, uma natureza que também é – ou deveria ser – uma de suas virtudes. Nas mãos do Estado, a mídia seria uma aberração, mas quando é pautada exclusivamente por interesses privados seu lado negro emerge tanto quanto ocorreria na primeira hipótese, pois um poder dessa magnitude acaba sendo usado por diminutos grupos de interesse. Nas duas situações, quem sai perdendo é a coletividade, pois o interesse de poucos acaba se sobrepondo ao de todos.
A submissão da mídia ao poder do dinheiro é um fato, não uma suposição. Os meios de comunicação privados nada mais são do que empresas que visam ao lucro e, como tais, sujeitam-se a interesses que, em grande parte das vezes, não são os da coletividade, mas os de grandes e poderosos grupos econômicos. Estes, pelo poder que têm de remunerar o “idealismo” que lhes convém, cada vez mais vão fazendo surgir jornalistas dispostos a produzir o que os patrões requerem, e o que requerem, via de regra, é o mesmo que aqueles grupos econômicos, o que deixa a sociedade desprotegida diante da voracidade daqueles que podem esmagar divergências simplesmente ignorando-as.
Quanta falta de decência e caráter!!!
Por que não assumem seus próprios erros e verificam que as fabricas de factóides se tornou a mola propulsora para se alcançar o poder?
Eis a questão… Falta de fato a ciência política!!!
Publicado em: Governo
Vc fez a pergunta, vc respondeu. Elas visam o lucro e nao se importam com as verdades de fato. Elas elegem um pseudo deus e apartor daí vai fazer todo aquele trabalho de manipulação em massa….
Infelizmente é difícil de combater
o quarto poder assim como costumo chamar. hoje e sempre foi a mão que por traz dos panos empurra as massas e leva uma vida turbulenta e cheia de sobe e desse. o quarto poder hoje vive mancomunado com o que há de pior neste país para eleger e criticar quem não reza a cartilha do seu lucro certo. e lamentável sabermos que uma imprensa sem escrúpulos
vive pra fazer esse tipo de ..