Por Joaquim Haickel
Vou muito a São Paulo, e por isso contrato o serviço de um taxista todas as vezes em que chego à terra da garoa. Seu nome é Wellington. Ele é proprietário de quatro carros de praça, em Sampa, o que lhe propicia uma vida economicamente equilibrada. Ex-jogador de futebol, ele fez um bom pé de meia e comprou até uma casa em Ilha Bela, para onde vai sempre que pode.
Falo de Wellington para dizer a você do orgulho e da satisfação que tive um dia, quando ele foi me buscar no aeroporto para me levar ao SPA São Pedro, em Sorocaba, e no caminho contou-me uma história que me fez sentir um orgulho tremendo. Disse que em uma de suas descidas para a praia, conheceu o proprietário das barcas que fazem o transporte em toda a região, inclusive para Ilha Bela. Disse que era um senhor do Maranhão, que conversou com ele. Disse que ele vistoriava pessoalmente as embarcações, verificava os equipamentos de segurança, conversava com os funcionários e atendia os passageiros, e que fazia isso com uma simplicidade e humildade incomuns a um empresário rico e bem sucedido.
Fiquei curioso para saber quem era esse meu conterrâneo que estava sendo tão elogiado. Mesmo sem saber quem era fiquei orgulhoso e feliz por saber que uma empresa de um maranhense vencera uma concorrência acirrada no maior estado do Brasil. Wellington não soube me dizer o nome do empresário, mas me disse que a empresa chamava-se Internacional Marítima. Sorri com os dois botões de minha camisa polo, pois se tratava de uma das empresas de meu bom amigo Luís Carlos Cantanhede Fernandes. Um desses self made man, um empresário que veio de baixo, que venceu pelo próprio esforço, que construiu uma trajetória de sucesso unicamente com sua dedicação incondicional ao trabalho.
De família humilde, Luís Carlos foi presidente da Associação Comercial do Maranhão por dois períodos e fez lá uma administração de sucesso, como é de seu costume fazer em tudo o que se envolve.
Você deve estar imaginando: será que JH ficou doido? Que motivo o leva a falar desse assunto? Aonde ele quer chegar? Explico: o candidato a governador do Maranhão pelo PCdoB, Flávio Dino, juntamente com sua entourage, desencadeou uma campanha no mínimo sórdida, levantando suspeitas e difamando a Atlântica, outra empresa do grupo de LC, que venceu legitimamente uma concorrência, para prestar serviços a diversos TREs, entre eles os do Maranhão, Amazonas e Mato Grosso. O motivo da ilação é o fato de Luís Carlos ser amigo da governadora Roseana e de seu marido.
A síndrome de perseguição que se instalou em nossa terra nesse pleito é algo de proporções homéricas. A mania de perseguição se alterna na conveniência do freguês com um complexo exacerbado de superioridade.
Estamos realmente em um tempo de transição. Qualquer candidato que vença esta eleição será verdadeiramente o condutor, o maestro de uma sinfonia nova em diversos aspectos. Meu medo é o maestro não conseguir conduzir e harmonizar tubas, violinos, oboés, pífanos, harpas, tambores, metais e baixos. Alguns muito baixos.
Nesse contexto, há, no entanto, duas coisas que recentemente me espantaram muito, como por exemplo, o candidato ao governo pelo PMDB, senador Lobão Filho, ter perdido a oportunidade única, de na quarta-feira, 10, em evento na Federação das Indústrias do Maranhão, na presença de grande número de empresários, indagar ao senhor Edilson Baldez, presidente da Fiema, que conhece como poucos o caráter de Luís Carlos Cantanhede e sabe de sua seriedade e da correção com que trata seus negócios, se ele achava correto o linchamento moral, a campanha difamatória deflagrada pelos comunistas contra o referido empresário. Gostaria muito de saber o que meu amigo Baldez diria. Gostaria de saber qual seria a reação do empresariado quanto ao fato do PCdoB e seus coligados terem implantando em nosso Estado um verdadeiro clima de terror e exceção, onde campeiam denúncias vazias e onde se inverte o ônus das provas em casos de acusações caluniosas e difamatórias.
A outra questão que causou espécie, foi o fato de que o candidato do Partido Comunista do Brasil dizer, disse e eu ouvi, que ele assinava embaixo de todas as propostas que o empresariado havia lhe apresentado. Que implantará todas, se eleito for. Meu Deus!!! Nenhum governante pode dar, em sã consciência, carta branca a uma determinada categoria. Ou o empresariado de nosso estado é realmente genial e fez propostas incríveis, que vão ao encontro do programa de governo de concepção comunista, (vai ver esses capitalistas são comunistas disfarçados) ou a proposta comunista para o nosso Estado é mera balela e eles simplesmente tem a mesma concepção de seu candidato a presidente da República. São neoliberais, iguais aos empresários da Fiema, da ACM, da CDL…
Há uma terceira possibilidade, que eu acho ser a mais plausível. FD sabe que só poderá realizar alguma coisa frente ao governo do Maranhão se vencer as eleições. Pragmático e dialético, ele sabe que quem deseja pegar pinto não diz xô! Quem diz que vai implementar todas as sugestões dadas pela classe empresarial do estado, vai dizer o que à classe trabalhadora? Pra se eleger, dirá a mesma coisa, sendo que aí significa ter que dizer o inverso.
Quem diz, sem o devido estudo de impacto econômico, que duplicará o contingente da polícia militar, quer uma única coisa, agradar ao eleitor que precisa se sentir seguro e protegido pelo estado. Demagogia!
FD tem um discurso para os trabalhadores e outro para os empresários. Dança no ritmo da música que estiver tocando no salão do anfitrião. Agindo assim, igual aos velhos políticos e acompanhado de muitos desses, ele só prova que, de novo, não tem absolutamente nada.
Publicado em: Governo
O orgulho do qual fala o deputado Joaquim Haickel em seu texto, faz parte do mesmo conjunto de respeito e auto-estima que os adversários do Maranhão trataram de destruir, no intuito de destruir Sarney.
Essa falta de respeito para com as pessoas e suas instituições é que pretendem implantar em nosso Estado.