Membro da oposição dinista também tem envolvimento com doleiro preso pela PF
Do blog Atual7
Apesar de ter promovido uma verdadeira histeria coletiva na Assembleia Legislativa do Maranhão e nas redes sociais, durante toda esta terça-feira (12), a oposição ligada ao candidato do PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino, e o próprio comunista, também carregam em seu seio e projeto eleitoral um membro com suspeitas de envolvimento até a alma com um doleiro preso pela Polícia Federal.
Trata-se do ‘chefe’ do doleiro Fayed Traboulsi, deputado federal Waldir Maranhão (PP/MA), flagrado pela PF na Operação Miqueias por forte participação em um esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos fundos de pensão de prefeituras e governo estaduais, que movimentou R$ 300 milhões em 18 meses. Semelhante ao envolvimento de membros do Governo Roseana Sarney com o doleiro Albert Youssef e o suposto suborno e propina para antecipar precatórios, a denúncia bombástica também foi feita para todo o Brasil, em outubro do ano passado, pelo Jornal Nacional – com repercussão no Bom Dia Brasil, da Rede Globo.
Apontado pela Polícia Federal como um dos braços políticos da organização criminosa de Fayed, Maranhão aparece no bojo da operação em conversas telefônicas com o doleiro, gravadas com autorização da Justiça, falando com intimidade e proximidade, marcando reuniões e prometendo ajuda. No diálogo interceptado pela PF, o parlamentar de oposição ao governo Roseana combina um encontro com o doleiro na capital do estado.
Além da conversa em que marca o encontro, Waldir Maranhão foi flagrado em um outro diálogo com o doleiro, onde diz que marcou um encontro ‘lá em casa, à noite’. Fayed questiona: ‘Lá em casa onde, aqui ou lá? Aqui em Brasília?’. E Maranhão responde: ‘É. Aqui no meu apartamento’. O doleiro encerra dizendo: ‘Então beleza. Tamo junto (sic)’.
Em outra conversa, Fayed Traboulsi chama o deputado de ‘chefe’ e Maranhão responde ‘meu irmão, tudo bem?’. No diálogo, o deputado federal maranhense orienta o doleiro a procurar um prefeito para resolver um negócio.
Pelo suposta participação no esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos fundos de pensão, o parlamentar dinista é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), por crimes de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores – como deputado federal, ele tem foro privilegiado e não pode ser investigado em outras instâncias do Judiciário.
Procurado pelo ATUAL7 para comentar sobre a semelhança de seu caso com o do doleiro Albert Youssef e membros do Governo Roseana Sarney, o deputado Waldir Maranhão não retornou às ligações. Procurado pelo ATUAL7 por meio de um telefone celular fornecido por uma de suas assessoras de campanha, para comentar a respeito do flagra das conversas do aliado com o doleiro e se também fica ‘indignado com tudo isso’, o candidato Flávio Dino não atendeu e nem retornou às ligações.
Publicado em: Governo