Já cansei de escrever aqui sobre a importância da Norte/Sul e do Porto Itaqui como fatores importantíssimos para colocar os produtos brasileiros com preços competitivos no mercado internacional, pois somente com uma excelente logística o Brasil pode alcançar essa disputa com os grandes concorrentes… A luta dos industriais e do agronegócio para o termino da Norte/Sul é algo constante. Não vi até hoje nenhum dos candidatos falarem sobre esse assunto, que na realidade é o grande avanço desse Estado. Apenas os debates se resumem em politicalhas e imbecilidades!!!
Falta de estratégia faz indústria perder competitividade no mercado mundial
A participação da indústria nas exportações brasileiras encolheu nos últimos 20 anos
Por Rosana Hessel
A fragilidade da economia brasileira está refletida na fraca participação do país no comércio exterior. A indústria nacional patina e não consegue ser competitiva no mercado externo. O país está longe de se tornar uma Venezuela, que importa quase tudo o que consome, mas a falta de uma estratégia consistente por parte do governo e das empresas tem condenado a balança comercial a caminhar para um deficit anual, pela primeira vez desde 2000.
A participação da indústria nas exportações brasileiras encolheu nos últimos 20 anos. Em 1994, os embarques de produtos manufaturados representavam 57,3% das nossas vendas para o resto do mundo. As de semimanufaturados eram 15,8%, e os básicos, 25,4%. No acumulado de janeiro a maio deste ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), os básicos têm maior presença: 50,3%. Já os manufaturados detêm 34,8% do bolo, os semis, 12,2%.
A perda da competitividade da indústria nacional se agravou nos últimos anos com o aumento do custo de vida e dos juros. “Para uma economia que tem mais inflação que o resto do mundo, quanto maior o volume de produtos comercializáveis, maior a tendência de convergir para a inflação global. A abertura ajudaria muito na redução da carestia, e, sobretudo, no controle das contas públicas”, explica o economista Pérsio Arida.
Publicado em: Governo