Dilma, Aécio e Campos montam palanques ecléticos pelo país
Os principais candidatos à Presidência concentrarão suas ações em dez estados que somam 75,6% do eleitorado brasileiro. Os cinco principais – São Paulo, Minas Gerais, Rio, Bahia e Rio Grande do Sul – são responsáveis por mais da metade dos eleitores: 54%. Por isso, a presidente Dilma Rousseff (PT) e seus adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) procuraram formar palanques fortes, que lhes propiciem o maior tempo possível de exposição nas propagandas dos candidatos a governador e a senador.
Como a verticalização deixou de ser regra, e o modelo adotado em nível nacional não necessariamente é seguido localmente, o eleitor deverá ver uma salada de uniões. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda vai se manifestar sobre como essas alianças heterodoxas vão se reproduzir na propaganda de rádio e TV, que vão ao ar a partir de agosto.
No Rio, Dilma tem formalmente três palanques: Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias (PT), além de contar com o apoio declarado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Como Lindbergh se aliou ao PSB, que tem o deputado Romário candidato ao Senado, Campos surfará no palanque petista. Já Aécio se coligou formalmente com o PMDB no Rio e terá, no partido do governador, seu palanque oficial.
Em São Paulo, Aécio tem o apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição. Mas terá que dividir o palanque com Campos, que emplacou o deputado e presidente do PSB no estado, Márcio França, como vice. Dilma conta com o apoio do petista Alexandre Padilha e quer surfar também na candidatura de Paulo Skaf (PMDB), que, no entanto, evita se associar à presidente.
Em Minas, cada presidenciável terá o seu candidato a governador: Dilma tem o apoio de Fernando Pimentel (PT); e Aécio, o de Pimenta da Veiga (PSDB). O PSB lançou o ex-deputado Tarcísio Delgado. Os pessebistas iriam apoiar Aécio, mas a vice de Campos, Marina Silva, exigiu candidatura própria.
Publicado em: Governo
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