O que falar do encontro do Márcio Jardim em nome do PT que não tinha petista?

Publicado em   14/abr/2014
por  Caio Hostilio

20140413-131935Poderia simplesmente taxar de patacoada e fora de contexto… Coisa que não condiz com o pensamento do partido. Mas essa falta de decência e capacidade do ridículo tanto dos organizadores quando daqueles que se prestou a participar dessa palhaçada merece tecer um questionamento crítico mais adequado.

Até que ponto esse encontro foi compatível com a ética? A política pode ser eficiente se incorporar a ética? Não seria puro moralismo exigir que a política considere os valores éticos? Como seria bom que os políticos tivessem esses discernimentos.

Quando se trata da relação entre ética e política não há respostas fáceis. Há mesmo quem considere que esta é uma falsa questão, em outras palavras, que ética e política são como a água e o vinho: não se misturam. Quem pensa assim, adota uma postura que nega qualquer vínculo da política com a moral: os fins justificam os meios.

Esta concepção sobre a relação ética e política desconsidera que a moral também é um fator social e como tal não pode se restringir ao santuário da consciência dos indivíduos. Em outras palavras, embora a moral se manifeste pelo comportamento do indivíduo, ela expressa uma exigência da sociedade.

O moralismo abstrato concentra a atenção na esfera da vida privada, do político. Portanto, aprisiona a política à moral intimista e subjetiva deste. Ao centrar a atenção na esfera individual, o falso moralista julga o governante tão somente como inimigo e seus vícios o leva a buscar algo para enfatizar seu pensamento de ódio, cujo resultado é sempre maléfico ao coletivo, haja vista que não têm alternativas ou projetos que possam modificar o que por ventura possa surgir.  

Política e moral são formas de comportamento que não se identificam. Nem a política pode absorver a moral, nem esta pode ser reduzida à política. Embora sejam esferas diferentes, há a necessidade de uma relação mútua que não anule as características particulares de cada uma. Portanto, nem a renúncia à política em nome da moral; nem a exclusão absoluta da política.

Portanto, fica claro que esse encontro foi completamente imoral…

  Publicado em: Governo

Uma comentário para O que falar do encontro do Márcio Jardim em nome do PT que não tinha petista?

  1. CEZAR BOMBEIRO disse:

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