A noite de segunda (03) na Passarela do Samba, no Anel Viário, contou com os desfiles dos blocos organizados e escolas de samba de São Luís, no clima de muita paz, alegria e tranquilidade.
Logo após a apresentação dos tambores de crioula no entorno da Passarela, o carnaval “Batuca Brasil na Passarela da Folia”, iniciou o desfile dos Blocos Organizados. Logo no inicio do desfile, o publico foi contagiado pela empolgação dos brincantes da Turma do Saco, que entraram na Passarela com muitos balões coloridos e bolo de aniversário, simbolizando a comemoração dos seus 40 anos de fundação na comunidade de Codozinho.
O bloco ‘No Maranhão o Babaçu Abunda’ previsto para ser o primeiro a desfilar na programação, não compareceu ao desfile, sendo, portanto, eliminado automaticamente do concurso que terá premiação do 1º ao 5º lugar (15 mil reais, 10 mil reais, 5 mil reais, 3 mil reais e 1.500 reais, respectivamente).
Os Liberais, Canto Quente, Beatos do Samba e Unidos da Vila Isabel também capricharam nas fantasias, representando suas comunidades com o espírito carnavalesco somando-se a evolução e ao conjunto de cada apresentação.
O desfile dos Blocos Organizados teve encerramento com a passagem dos “Dragões da Madre Deus” que surpreendeu a todos com fantasias inspiradas na indumentária do bumba-meu-boi, sotaque da Ilha. O bloco contou ainda com a presença marcante do Mestre Humberto de Maracanã, homenageado do grupo, que disparou sua voz potente com trecho de uma toada, misturado ao samba, protagonizando um dos momentos mais emocionantes da noite.
As 22h, a Terrestre do Samba entrou na Passarela dando início ao desfile das Escolas. Ela defendeu o enredo “Rei ou de loucos, todos temos um pouco”, ressaltando o Carnaval, como a maior festa democrática do país, reunindo o povo na folia, independente de classe, profissão ou posição social. Entre as 14 alas apresentadas, as coreiras do Tambor de Crioula foram destaque em uma delas.
Muita purpurina marcou o desfile colorido do Túnel do Sacavém. A Escola trouxe a Passarela do Samba o enredo sobre a diversidade sexual. O tema foi apresentado com muita criatividade na concepção carnavalesca de Washington Coelho.
Ecoando os clássicos “Juízo Final” de Nelson Cavaquinho e “Não deixe o samba morrer” de Edson Conceição e Aloísio, um dos primeiros sucessos na voz de Alcione, o puxador Samy do Cavaco reuniu a turma de “Unidos de Ribamar” na Passarela, para defender o tema “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. A Unidos de Ribamar foi a terceira escola a se apresentar. E entre os integrantes da bateria estava Euzébio Pinto, administrador da Casa das Minas, um dos redutos mais importantes de culto afro de todo o Brasil, localizado na Rua de São Pantaleão – Madre Deus.
“Eu sou o néctar da felicidade” foi o enredo defendido pela Flor do Samba que esbanjou beleza em cinco carros alegóricos, simbolizando o éden, o templo do amor, o templo da fartura, o templo dos sonhos e o carnaval.
A Flor entrou 01h30 da manhã reunindo 3.800 componentes, sendo uma das escolas com maior número de participantes, divididos em 15 alas. A forte marcação da Bateria levantou a arquibancada da Passarela do Samba, num desfile empolgante, demonstrando a força comunitária do bairro do Desterro.
Publicado em: Governo