O Brasil é um país cheio de contrastes… O mesmo que exporta jatos da Embraer e explora o petróleo no pré-sal. As cenas correram o mundo e o desgaste na imagem do país foi inevitável.
A criminalidade é um fenômeno crescente no mundo pós-moderno brasileiro. Nossos índices de homicídios intencionais são muito maiores que em outros países. Iniquidades sociais ainda inaceitáveis se combinam com a expansão do tráfico e consumo de drogas, verdadeira epidemia contemporânea, com a consolidação do crime organizado e com a difusão de posturas antissociais, como violência nos estádios de futebol ou nos encontros de gangues de jovens.
Urge uma tomada de consciência e posição de toda a sociedade brasileira. Não é uma questão que será resolvida só no âmbito governamental, mas as políticas públicas também têm que demonstrar maior eficácia.
A abordagem passa pelo aprofundamento do combate às desigualdades sociais e instalação de um sistema educacional qualificado que forme crianças e jovens para a vida, para o trabalho e para a cidadania. Combater sem tréguas as drogas com medidas preventivas e repressivas eficazes. Aprimorar a legislação penal, visando uma maior agilidade decisória e o equilíbrio na penalização do crime. O governo federal hoje responde por menos de 20% dos investimentos em defesa social. É preciso que o governo federal faça mais no controle das fronteiras, combate ao contrabando de armas e drogas, além de parcerias com Estados e Municípios para qualificar o aparato o policial e o sistema penitenciário.
Não pode dormir em paz um país que investe, per capita, dez vezes mais, a cada mês, para manter milhares de presos do que em crianças e jovens nas escolas públicas. Não pode se orgulhar muito de seus avanços uma sociedade que convive com tragédias como a de Pedrinhas. Não pode ficar tranquila a população que tem à frente uma presidente que, com a agilidade de uma tartaruga, declara dias após os acontecimentos, por oportunismo político, alienação ou incompetência, que estava seguindo com atenção os acontecimentos. E só.
Por que os Direitos Humanos não lutam por isso, mas sim pelos direitos daqueles que não cumpriram seus deveres?
Eis a questão!!!
Informações de Marcos Pestana
Publicado em: Governo