O que pensa a mídia internacional sobre o sistema prisional do Maranhão… Quanta diferença!!!

Publicado em   08/jan/2014
por  Caio Hostilio

imagesPara a BBC de Londres, as medidas tomadas pelas autoridades brasileiras em relação à crise – como a transferência de detentos e o controle das unidades pela Polícia Militar (PM) – são paliativas. A BBC sugeriu a construção de presídios menores para que haja a separação de facções em diferentes unidades.

Segundo os analistas da BBC, o caso da transferência, entende-se que o contato entre detentos de diversas facções pode agravar o problema, por meio da troca e da disseminação de técnicas de organização criminosa. Sobre a atuação da PM, a intervenção não resolveria o problema de forma estrutural, cujo gargalo é a falta de investimento.

Para o jornal espanhol El País, o Maranhão é considerado incapaz de apurar agressões em suas cadeias, haja vista que a superlotação do Complexo de Pedrinhas foi construído para abrigar 1,7 mil pessoas e comporta atualmente mais de 2,5 mil – e informa que o local que deveria ser controlado por agentes penitenciários é dominado por facções criminosas.

O El País diz ainda que, apesar de o caso ser no Maranhão, o problema ilustra “o que ocorre na imensa maioria dos 1.478 presídios do país”. O jornal informa que a crise maranhense não é uma novidade no Brasil e que o mesmo presídio já havia passado por uma rebelião em 2010, quando uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alertou para o potencial de crise no estado. A matéria espanhola lembra a medida cautelar expedida pela OEA e o apelo da organização para um presídio em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Na página do jornal argentino Clarín, uma matéria menciona avaliação de 2011 do CNJ sobre o Complexo de Pedrinhas e a negociação com detentos na distribuição dos presos por pavilhões.

Como podemos ver, o El País e o Clarín trouxeram em suas matérias as verdades sobre os sistemas carcerários no Brasil, principalmente chamando a atenção para a primeira rebelião em Pedrinhas no ano de 2010, conforme já mencionado aqui nesse blog e em outros.

  Publicado em: Governo

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