Esse foi o título de um artigo do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino, publicado no Portal da Empresa em 16/12/2013.
É tempo de comemorar! Neste mês de novembro, o turismo brasileiro viveu um episódio histórico. Chegamos ao turista número 6 milhões, marca nunca antes alcançada na história de nosso país. A Embratur comemorou o fato, recepcionando a turista no Aeroporto do Galeão, uma das portas de entrada que mais cresceram no país. Simbolicamente, foi escolhida uma turista argentina, país que mais envia visitantes ao Brasil. Foi uma forma de reconhecer a força de nosso principal parceiro na economia do turismo.
Com o resultado que se desenha para este ano, mantemos a marca de crescimento acima da média mundial. No ano passado, por exemplo, crescemos 5% ante 3% da média planetária. Esse êxito é fruto da união de esforços entre as iniciativas pública e privada, que no setor do turismo, precisam caminhar juntas. A participação dos empresários, acreditando nos destinos, investindo em seus equipamentos e funcionários, reflete diretamente na capacidade do país em receber bem o turista estrangeiro. Continue lendo aqui
Abaixo a matéria da Folha de São Paulo que joga por terra a tentativa de Flávio Dino, em conjunto com a Máquina de Notícias, que ludibriar o povo brasileiro:
Gasto de turista brasileiro sobe 10 vezes em 10 anos
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
No embalo da valorização do real e da elevação da renda, os gastos dos turistas brasileiros no exterior aumentaram mais de dez vezes em uma década.
De janeiro a novembro de 2013, foram US$ 23,125 bilhões, 1.025% mais que os US$ 2,055 bilhões gastos no mesmo período de 2003.
Naquele ano, a realidade era outra. O dólar mantinha-se caro, após disparar em 2002 para R$ 4, devido ao temor do mercado com a eleição de Lula. O cenário era de retração econômica e aumento do desemprego.
Com isso, as viagens ao exterior recuaram e o saldo entre gastos de brasileiros lá fora e de estrangeiros aqui ficou levemente positivo.
De lá para cá, não só o número de brasileiros rodando o mundo cresceu em ritmo bem maior que o de estrangeiros vindo ao país, mas também o gasto médio lá fora disparou.
ROMBO
Como os gastos de estrangeiros aqui não cresceram na mesma velocidade, 2013 deve fechar com rombo recorde de R$ 18,6 bilhões na chamada conta turismo, prevê o Banco Central.
O economista da PUC-Rio José Márcio Camargo observa que o aumento das viagens internacionais na última década refletiu, além da valorização do real e da alta dos salários, a inflação alta do país. “Ficou relativamente mais barato consumir lá fora”, diz.
Com a vantagem, passou a 1,791 milhão em 2012 o número de brasileiros que foi fazer compras nos EUA, segundo o Ministério do Turismo. Eram 349 mil em 2003.
DESTINOS
No mesmo período, o total de brasileiros viajando ao exterior cresceu 244%, para 8,1 milhões. Com isso, os EUA passaram a ser nosso principal destino turístico, ultrapassando os vizinhos Argentina e Uruguai.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, diz que o mais comum no mundo é o turismo de fronteira, mas o Brasil é pouco integrado aos seus vizinhos. Há poucas ofertas de voos e não há ligações por ferrovias, exemplifica.
Além disso, o principal centro turístico do país, o Rio, era mundialmente famoso pela violência.
Apesar do temor de novas manifestações, Dino acredita que a Copa será positiva. “O espírito de festa vai prevalecer, como na Copa das Confederações. Nossas pesquisas mostraram que mais de 90% dos estrangeiros disseram que voltariam ao país.”
O crescente deficit entre gastos de turistas estrangeiros aqui e brasileiros lá fora é um dos fatores que explicam o aumento do saldo negativo nas contas externas brasileiras, que deve fechar o ano com deficit recorde de US$ 79 bilhões.
Para tentar conter esses gastos, o governo aumentou no dia 18 o imposto sobre cheques de viagem, cartões pré-pagos e saques no exterior com cartões de débito.
Publicado em: Governo