O evento que participou o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos no Maranhão, nada mais foi do que o fortalecimento de sua pré-candidatura a presidência da República.
A estratégia de Eduardo Campos é absolutamente normal e acertada, o que não é normal e demonstra incoerência e infidelidade é a presença de petista ou de membros do governo Dilma Rousseff (PT) no evento.
A presença de Flávio Dino (PCdoB) e Bira do Pindaré (PT) no evento são dois exemplos clássicos da incoerência e infidelidade dos políticos e é por esse motivo que cada vez mais a população desacredita na classe política brasileira.
Flávio Dino é atualmente presidente da Embratur, cargo de confiança da presidenta Dilma Rousseff e consequentemente integra o governo petista, mas mesmo assim participa abertamente de um evento que fortalece a pré-candidatura de um candidato que irá enfrentar o governo que ele trabalha.
Dino não é obrigado a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, mas por questão de coerência, se não concorda com a continuação do governo petista, o comunista por obrigação já deveria ter deixado o cargo. O que é incoerente é se beneficiar de um governo, sendo inclusive empregado e não apoia-lo ou participar de eventos de outros candidatos contra a continuidade desse governo.
E o pior de tudo, Flávio Dino voltou a faltar no emprego que a presidenta Dilma Rousseff lhe deu e a falta foi para apoiar o fortalecimento da pré-candidatura de Eduardo Campos (veja aqui). Pode isso Dilma?
A situação do deputado estadual Bira do Pindaré não é muito diferente. Bira foi eleito pelo PT, pegando carona na popularidade de Lula e Dilma Rousseff, mas também participou do evento de Eduardo Campos.
Ora, como disse o próprio vice-governador do Maranhão, Washington Oliveira (reveja), se Bira não concorda com a política nacional do PT de aliança com o PMDB, o caminho é deixar o partido.
O que é incoerente é ser PT para ter a estrela no peito, surfar na popularidade de alguns petistas e participar de evento de um pré-candidato que irá tentar terminar com a continuidade dos governos petistas de Lula e Dilma.
Mas como esse Blog vem dizendo faz muito tempo, coerência é algo que passa longe de Flávio Dino e Bira do Pindaré.
Em tempo: o deputado federal Domingos Dutra (PT) também participou do evento, mas ao contrário de Bira, já confirmou que deixará o PT, justamente por discordar da política nacional do partido. Palmas para Dutra, um dos poucos que sempre manteve um único lado político e na maioria das vezes, primando pela coerência.
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