Mídia Ninja: “É preciso oxigenar a velha mídia”

Publicado em   07/ago/2013
por  Caio Hostilio

Idealizadores de grupo que transmite ao vivo manifestações de rua dizem tomar lado em defesa da democracia, criticam “falsa imparcialidade” de veículos tradicionais e cobram participação social

Congresso em Foco

torturra_capile“A gente faz jornalismo sim e acho até curioso as pessoas questionarem”. Foi com essa explicação que o jornalista Bruno Torturra, em entrevista ao programa da TV Cultura, Roda Viva, na noite de ontem (segunda-feira, 5), iniciou o debate sobre o que é e o que pretende o grupo Mídia Ninja – sigla para Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação -, famoso após transmitir ao vivo pela internet diversas manifestações, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Torturra e o produtor cultural Pablo Capilé, idealizadores do grupo, enfrentaram a bancada de seis jornalistas para explicar o que pensam, como se sustentam, a quem são ligados e quais são os planos para o futuro do coletivo. De acordo com os “ninjas”, o jornalismo praticado pelo grupo é feito com ativismo, ao contrário da imprensa tradicional, que, segundo eles, é parcial e ainda não entendeu a lógica da internet. “A nova objetividade [da imprensa] vem da transparência clara do que pensa e como a informação é produzida. A grande mídia nem sempre é transparente. Nós somos transparentes até nos nossos erros. Não editamos nada, é tudo em tempo real”, disse Torturra. E qual a receita para ser um mídia ninja? Capilé resumiu: “Disposição, um celular na mão e um recarregador de bateria”.

Participaram do programa como entrevistadores Suzana Singer, ombudsman da Folha de S. Paulo, Alberto Dines, editor do site e do programa Observatório da Imprensa, Eugênio Bucci, colunista do jornal  O Estado de S. Paulo e da revista Época, Wilson Moherdaui, diretor da revista Telecom, e Caio Túlio Costa, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e consultor de mídia digital. O programa foi conduzido por Mário Sergio Conti e contou com a participação fixa do cartunista Paulo Caruso.

Confira o programa:

O que é o Mídia Ninja, o que faz e como se mantém

Torturra: É uma rede de jornalismo independente que já começou há muito mais tempo do que as pessoas imaginam, fruto de um processo muito mais longo de conexão de coletivos culturais no país inteiro ao longo de dez anos. A gente faz jornalismo, sim, e eu acho até curioso haver uma dúvida se o que a gente faz é ou não jornalismo. Acho que dá para discutir que tipo de jornalismo a gente faz, dá para discutir a qualidade e a relevância dele, mas acho que o fato de ser um grupo organizar como um veículo, de ter uma dedicação diária e de transmitir informação da maneira mais crua, mais honesta, da maneira mais abrangente possível dentro das nossas limitações, acredito que é jornalismo sim.

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  Publicado em: Governo

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