Li no blog do jornalista Marco D’eça que o PCdoB não quer assumir a Secretaria de Educação do governo de Holanda Junior por medo de se queimar. Prefiro não acreditar nisso, mas caso seja verdade, fica evidente que os partidos que apoiaram o prefeito eleito não têm quadros técnicos para formar uma equipe técnica de governo.
Administrar um município com mais de 1 milhão de habitantes não é tarefa para amadores ou marinheiros de primeira viagem. É preciso saber antes de tudo qual é a espinha dorsal ideal para se governar uma gestão dessa magnitude, visando enxugamentos, facilitando fluxogramas, diminuindo os custos fixos e os custos variáveis.
Fazer oposição com politicalha é uma coisa, mas administrar em sua essência é outra completamente diferente.
Quem – sem experiência – não ficaria apavorado em assumir exatamente as pastas que representam o caosem São Luís? Educação, Saúde, Urbanismo, Finanças/Orçamento e Fazenda, são pastas para técnicos capacitados ou para políticos/técnicos com ampla experiência em gestão pública.
Administrar a Secretaria de Educação de São Luís não é o mesmo que coordenador apenas a parte pedagógica de uma escola particular. O secretário de educação passa a ser ordenador de despesas, com isso será o responsável tanto pela atividade fim (ensino/aprendizagem) quanto pela atividade meio (administrativa).
Administrar uma secretaria dessas não é uma tarefa fácil, ainda mais na situação em que se encontra. Para o escolhido, requer esforço, dedicação e aprimoramento contínuo, ou seja, um educador e ao mesmo tempo um gestor público.
É inerente ao detentor dessa pasta, assim como das mencionadas acima, que entenda área.
Vale ressaltar que uma pasta como essa é cheia de conflitos, de problemas, e que é exatamente aí que entra a experiência do gestor público e do educador.
Volto a dizer: Não se mensura um bom gestor pelo discurso inflamado e cheio de controvérsias que não condizem com a realidade.
Publicado em: Governo