O lazer em São Luís é deficiente

Publicado em   23/jun/2012
por  Caio Hostilio

A realização de qualquer atividade de lazer envolve a satisfação de aspirações dos seus praticantes. Há alguma coisa em comum entre o que se busca indo ao cinema ou ao teatro, e que difere das razões que motivam o desenvolvimento de esportes, por exemplo. Enquanto, no primeiro caso, a satisfação estética pode ser considerada como critério orientador, no segundo caso, via de regra, prevalece o movimento – o exercício físico.

Não há dúvida de que as atividades de lazer devem procurar atender as pessoas no seu todo. Mas, para tanto, é necessário que essas mesmas pessoas conheçam os conteúdos que satisfaçam os vários interesses, sejam estimuladas a participar e recebam um mínimo de orientação que lhes permita a opção. Em outras palavras, a escolha, a opção, está diretamente ligada ao conhecimento das alternativas que o lazer oferece. Por esse motivo é importante à distinção das áreas abrangidas pelos conteúdos do lazer.

A classificação mais aceita é a que distingue seis áreas fundamentais: os interesses artísticos, os intelectuais, os físicos, os manuais, os turísticos e os sociais.

Vivemos uma época de crise. Os próprios detentores do poder institucionalizado vêm a público e proclamam que “o povo está cansado de ter esperança”.

Embora não de modo exclusivo é particularmente no tempo de lazer que são vivenciadas situações geradoras de valores que poderiam ser chamados de “revolucionários”. São reivindicadas formas de relacionamento social mais espontânea, a afirmação da individualidade, a convivência com ao invés do domínio sobre a natureza.

Apesar de todas as tentativas de operacionalização do lazer, para recuperação da força de trabalho, ou como simples espaço de tempo para o consumo, ainda assim, sobram algumas “brechas”, para a manifestação de conteúdos lúdicos. A sedução que o lúdico exerce, suas possibilidades de denúncia da realidade, faz com que os valores do lazer desempenhem um papel de subversão da ordem vigente.

Quando de fato teremos nessa cidade esses espaços? Como Parques, zoológico, praias despoluídas e praças de esporte?

Não existe lazer sem atrativos e alternativos!!! Ah!!! Lazer não é só assistir, tem que participar…

  Publicado em: Governo

12 comentários para O lazer em São Luís é deficiente

  1. Fernando disse:

    Meu amigo que artigo bom e reflexivo. Carecemos de atividades de lazer. O maranhense (o de baixa renda) nao possui opçoes em entrenimento. Sera que seria dificil dar uma ajeitadinha nas praças de Sao Luís, estao mortas, a maioria deterioradas. Cade o parque do Bom Menino (esse ja apelidaram de Mal menino, pois, vagabundo nao falta ali). Em outros artigos seus, voce ja fez essa observaçao várias vezes: Sao Luís esta feia, sem plantas, porra, nao vejo o paisagismo presente nesta cidade. Mas vamos enumerar aqui:
    1. Avenida Beira Mar – mal iluminada, os pontos turisticos que se encontram nela servem de moradia para desabrigados e vagabundos.
    2. Centro Historico – pelo amor de Deus, sem comentarios, abandonado
    3. Parques e Praças – abandonados, sem manutençao/ nao existem parques.
    4. Teatro – acho engraçado que 2012 é o ano, entregram o Roxy, maravilha, mas so agora em 2012, porque nao foi antes?
    5. Fonte do Ribeirao – sem comentarios
    6. Paradas de Onibus – repare bem que so agora em 2012 que foram construidas novas, tudo em 2012, o grande ano, depois que muitas nao existiam mais/algumas cairam na cabeça de pessoas
    7. PRAÇAS de ESPORTE e Complexos Esportivos – meu amigo nós temos tantos que u nao sei nem por onde começo a elencar rsrsrs, de lascar essa realidade.
    8. Quimica Norte: tudo saneado, todos os debitos fiscais e trabalhistas zerados, grande feito, puta merda.
    Respostas para tudo isso: “Porque quando Joao Castelo entrou na Prefeitura, ele herdou muitos problemas da gestao anterior, muitas dívidas”.

  2. Nogueira Júnior disse:

    Os poucos espaços de lazer que temos não favorecem uma opção satisfatória. As praias de São Luis por exemplo, que poderia ser uma opção, estão poluídas por total descaso das autoridades. Para que possamos criar um debate sério acerca do assunto indico a vocês o 24 Enarel (Encontro Nacional de Recreação e Lazer ) 28 a 30 de agosto organizado pelo Ifma, campus centro historico.

  3. Fernando disse:

    Hah sim e nós possuimos uma novidade: o Estado do Maranhao é o ÚNICO do Brasil onde temos uma Governadora Prefeita. Sao 02 cargos em um só! Me poupe meu amigo

  4. ROBERTO GODOS FILHO disse:

    Bom artigo, acredito que a falta de lazer torne nossa população tão carente de espetaculos e interação nos eventos. Assunto pouco abordado ,mas que traria reflexos imediatos, caso corrigidos, no convivio da comunidade.

  5. Gojoba disse:

    Reclame ao secretário de esportes que ao invés de investir em seleção de handebol podia pegar esse dinheiro pra construção de praças esportivas parques

    porque nao faz isso?

    Mais como eu sei que tu nao critica esse governo vai e falar que a culpa e do municipio que apostar

    • Caio Hostilio disse:

      Gojoba Coastelo, o teu problema é ser completamente analfaberto em administração pública e não consegue sequer descobrir quais são as três esferas governamentais existentes nesse país e suas responsabilidades, por isso não vale nem debater com você….

  6. Aloisio Amorim disse:

    Prezado Caio,
    Mais um ótimo artigo esse seu, sem querer achar culpados pois acho que todos gestores que passaram tanto na esfera estadual e municipal tiveram sua contribuição para o problema do esporte e lazer.
    Eu percebo que a coletividade do lazer, com o passar do tempo deixou de ser prioridade
    me lembro que quando criança morando na camboa tínhamos “o dia de lazer” eram varias brincadeiras realizadas varias diversões e ao final do dia saiamos todos satisfeitos, sei que era realizada pelo governo não sei se municipal ou estadual talvez fosse os dois.
    Essa atividade era para os pobres.
    Os ricos iam se divertir nos famosos clubes Litero e Jaguarema que tive a oportunidade de conhecer por convite de um família amiga.
    As duas diversões não existem mais, os ricos ou os mais privilegiados hoje moram em condomínios, dos mais simples ou mais luxuosos, de casa ou apartamentos, todos com suas áreas de lazer e diversão. aos pobres o que restou ?, até eu mesmo acho dificuldades em responder, penso um pouco e me lembro das praias e também me vem a lembrança de que estão todas poluídas, e me pergunto; de onde vem toda essa poluição ? a me lembro dos condomínios que jogam sem critérios, sem nenhuma responsabilidade ambiental, todos seus dejetos poluindo riachos e rios de nossa ilha e estes acabam indo para o mar e findando por poluir nossas praias
    A diversão/lazer e a poluição são problemas de difíceis soluções, porem possíveis, basta o poder publico querer ter o compromisso de fazer.
    Por fim, quero dizer que já tivemos nossas praias invadidas por carros, aviões(ulta-leves) e quadriciclos e todos foram banidos, porem um kitesurfe invadiu nossa praia
    principalmente o Olho d’Água e já foi registrada até morte e nada foi feito para disciplinar esse esporte que só os privilegiados podem participar.
    Por fim, desejo que todos tenham direito a diversão e lazer em um ambiente saudável.

    • Caio Hostilio disse:

      Concordo com você… Proporcionar o lazer, o lúdico, o esporte são fatores de custos baratos e não entendo o porquê de uma cidade litorânea não ser prazerosa… Isso é chato e deixa as pessoas a mercê da falta do que fazer, levando, com isso, a tristeza, a melancolia… É preciso resgatar o que era dantes oferecido como você bem lembrou e ter a coragem de construir parques com infraestruturas e um zoológico nessa cidade, que já passou de 1 milhão de habitantes…

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