Postado por Caio Hostilio em 22/maio/2012 - Sem Comentários
Informações Greenpeace
No dia em que o bloqueio do navio Clipper Hope, fundeado na baía de São Marcos, a 20 quilômetros da costa de São Luís, completou uma semana, uma nova ativista se juntou ao protesto do Greenpeace. A atriz norte-americana Q’orianka Kilcher também escalou a âncora do cargueiro para evitar o carregamento de 31,5 mil toneladas de ferro gusa proveniente da Amazônia.
Filha de índio peruano quéchua e mãe suíca, a atriz de 22 anos ganhou fama após encarnar a personagem Pocahontas no filme “O Novo Mundo” (2005). Mas sua atuação vai além dos estúdios de Hollywood. Q’orianka também é conhecida por seu ativismo ambiental e pelos Direitos Humanos, especialmente pelos direitos das populações indígenas.
“Eu acabei de vir de uma viagem à Amazônia, na região onde o ferro gusa é produzido. Vi de perto como essa produção está colocando em risco alguns povos indígenas, inclusive grupos isolados”, afirmou Q’orianka. “Precisamos defender esses povos. Eles são peça-chave na proteção das últimas reservas florestais no mundo. Preservá-los é garantir um futuro para nós mesmos”.
Segundo Q’orianka, ela decidiu agir comovida pela participação, no bloqueio de duas jovens ativistas brasileiras. Q’orianka escalou a corrente da âncora do cargueiro Clipper Hopper por volta das 9h30 desta segunda-feira. Ela fez revezamento com voluntários do Greenpeace no navio Rainbow Warrior que, desde o dia 14, se mantêm pendurados noite e dia na corrente de âncora do cargueiro para evitar que ele atraque no porto de Itaqui. O carregamento pertence à Viena Siderúrgica, uma das empresas apontadas pelo Greenpeace como envolvidas em irregularidades na cadeia de produção do ferro gusa. “Q’orianka está dando um exemplo de que a defesa da Amazônia ultrapassa nossas fronteiras”, disse Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia, a bordo do Rainbow Warrior. “Ela está ajudando o Greenpeace a demonstrar que, apesar da imagem positiva que nosso país vem construindo nos últimos anos, ao reduzir o desmatamento da Amazônia, muita coisa ainda precisa ser feita”, acrescentou. “Isso inclui o veto total, pela presidente Dilma, do novo código florestal ruralista aprovado pelo Congresso”.
A partir de uma pesquisa de dois anos, o Greenpeace identificou uma série de desrespeitos à legislação brasileira na produção de carvão vegetal usado pela indústria de ferro gusa na Amazônia. Entre os sérios problemas apontados pela organização ambientalista estão o uso, por carvoarias, de trabalhadores em situação análoga à escravidão e extração de madeira ilegal, inclusive dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Estas denúncias foram compiladas no relatório “Carvoaria Amazônia”, publicado semana passada pela organização.
Principal matéria-prima do aço, o minério de ferro se transforma em ferro gusa dentro de fornos alimentados por carvão vegetal. Parte deste carvão é proveniente de extração ilegal de madeira. O ferro gusa brasileiro é exportado, principalmente, para os Estados Unidos. Lá, ele é usado na produção de aço para, entre outros fins, a fabricação de veículos por grandes montadoras.
Postado por Caio Hostilio em 22/maio/2012 - Sem Comentários
Por que os(as) professores(as) das instituições federais estão em greve?
A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte essencial da história do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), assim como a exigência da população brasileira, que clama por serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre outros direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as) federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da população brasileira.
O governo vem usando seguidamente o discurso da crise financeira internacional como justificativa para cortes de verbas nas áreas sociais e para rejeitar todas as demandas feitas pelos servidores públicos federais por melhores condições de trabalho, remuneração e, consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela priorização de investimentos do Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no serviço público, afetando diretamente a população que dele se beneficia.
Os professores federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes federais tem na vida da população brasileira.
Pela reestruturação da carreira.
Há anos os(as) professores(as) vêm lutando pela reestruturação do Plano de Carreira da categoria, por acreditarem que essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa forma, motiva a entrada e permanência dos profissionais nas instituições federais de ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial com o governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da carreira atual, desatualizada e desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos governos, o ANDES-SN propõe uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória de 5% entre níveis, a partir do piso para regime de trabalho de 20 horas, correspondente ao salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35) A valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser parte integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais.
O começo do ano de 2012 evidenciou a precariedade de várias instituições. Diversos cursosem Instituições Federaisde Ensino – IFE tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade das Instituições.
O quadro é muito diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar ou a aprender num ambiente assim. Sofrem professores, estudantes e técnicos administrativos das Instituições Federais de Ensino. E num olhar mais amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços de profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não têm, pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a se juntarem à nossa luta. Essa batalha não é só dos(as) professores(as), mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Para saber mais sobre a greve e as negociações com o governo acesse www.andes.org.br
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - 2 Comentários
Governadora leva obras e serviços a municípios do Sul do Maranhão
A governadora Roseana Sarney inicia, nesta terça-feira (22), mais uma viagem à Região Sul do Maranhão, onde visita oito municípios. A agenda, que prossegue até a quinta-feira (24), começa em Carolina e inclui São Félix de Balsas, Balsas, Loreto, São Raimundo das Mangabeiras, Fortaleza dos Nogueiras, Nova Colinas e Riachão. Entre os compromissos, ela entrega obras, vistoria ações e a assina convênios. “Estamos levando um pacote de obras e serviços nas áreas de saúde, infraestrutura, educação, abastecimento de água, ensino profissionalizante e cidadania, para que os maranhenses de todas as regiões tenham acesso às ações do governo”, declarou. Roseana Sarney, também, destacou a relevância da região para o desenvolvimento do estado. “O sul do Maranhão tem um grande potencial e sempre se destacou pelo trabalho de sua gente, por isso o governo sempre trabalhou para valorizar esse esforço com ações em áreas prioritárias”, ressaltou Roseana Sarney, que viajará acompanhada de comitiva de secretários de Estado. Sobre reforma em seu secretariado, a governadora apenas disse que aguardará até junho, pois os secretários atuais tem ações a ser entregues e que ainda não tem o nome para a Secretaria das Cidades.
Vianenses mobilizam as redes sociais para pressionar o prefeito Rilva Luis a doar o terreno para a importante obra
Já se passaram 210 dias desde que o vice-prefeito Benito Filho – na ausência do prefeito Rilva Luis e da secretária de educação, Adriana Guimarães -, assinou o termo de adesão, em Brasília, no Ministério da Educação, para a implantação do IFMA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) antiga Escola técnica. (Reveja aqui) LEIA MAIS: www.vianensidades.com
Presidente do TRT-MA declara ilegalidade da greve dos rodoviários
A presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA), desembargadora Ilka Esdra Silva Araújo, declarou, nesta segunda-feira (21), a ilegalidade e abusividade da greve dos trabalhadores do transporte rodoviário de São Luís, iniciada a zero hora desta segunda-feira (21), em razão de descumprimento da decisão de antecipação de tutela requerida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Também determinou a aplicação de multa diária de R$ 40 mil contra o sindicato da categoria e autorizou os empresários a demitirem os grevistas por justa causa e contratarem outros trabalhadores para os postos de trabalho.
Vice-governador prestigia encontro de mulheres na Cidade Operária
O vice-governador Washington Luiz, prestigiou, neste sábado (19), o Encontro de Mulheres da “Ilha do Amor” – Regional Cidade Operária e Adjacências, que reuniu cerca de 400 mulheres na escola São José Operário, no bairro Cidade Operária, com objetivo de discutir questões relacionadas ao desenvolvimento social da região. “Precisamos de encontros como esses que discutam a situação de São Luís, para que possamos construir, junto com a comunidade, um projeto com ações concretas e reais que resultem em uma cidade desenvolvida, mais humana e com qualidade de vida para nossa gente”, destacou o vice-governador.
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - 2 Comentários
A rede de saúde estadual ganhou reforço no Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira (HCM), com a entrega de mais 38 vagas de internação, sendo 25 para clínica médica e 13 de Unidades de Terapia Intensiva adulta, aumentando o número de leitos de UTIem São Luís. Asnovas unidades foram visitadas pela governadora Roseana Sarney e pelo secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, na manhã desta segunda-feira (21).
“Estamos reforçando o atendimento de saúde pública na capital, abrindo novos leitos de UTI, melhorando a assistência médica e garantindo atendimento de alta complexidade”, declarou Roseana Sarney. A governadora garantiu que os investimentos na área de saúde vão continuar sendo realizados em todo o Maranhão, pois a área é uma das prioridades.
“Já entregamos 10 UPAs e temos mais 28 hospitais para serem inaugurados até o final de junho. Aos poucos, a rede está sendo construída e espero que até o final do meu mandato a população possa contar com uma nova realidade na área de saúde”, ressaltou Roseana Sarney. Ela disse que a mudança já é visível. “As pessoas se mostram satisfeitas pelo atendimento de qualidade nas unidades entregues pelo governo estadual”, destacou.
Os novos leitos ocupam o segundo andar do HCM, área que foi totalmente reformada. Agora, o hospital dispõe de 42 leitos de UTI, 25 de unidade semi-intensiva e 113 de clínica médica, aumentando, assim, a oferta não só de vagas em UTI, mas também de enfermarias da rede de saúde pública do Maranhão.
Na UTI, 12 leitos dividem o espaço comum e um está destinado a pacientes que necessitem de isolamento. Equipamentos modernos como ventiladores mecânicos e monitorização de ponta estão à disposição dos pacientes e equipe médica.
Além do HCM, o Hospital Materno Infantil de Imperatriz, o Hospital Regional de Presidente Dutra, o Hospital Tarquínio Lopes Filho (Geral), o Hospital Infantil Juvêncio Matos e as maternidades Benedito Leite e Marly Sarney também dispõem de leitos em UTIs, além dos 20 contratados em hospitais particulares de Imperatriz.
Segundo o secretário de Saúde, Ricardo Murad, a reforma completa do HCM deve ser concluída em abril de 2013. “A entrega do 2º pavimento integra as ações também já desenvolvidas no 3º e 5º pavimentos, além de 50% do térreo”, revelou.
“O Hospital Geral encontra-se em processo de realizar cirurgias neurológicas e cardíacas, além de transplantes. Em Imperatriz, temos a parceria com o Hospital São Rafael, totalmente equipado, atendendo a pacientes com câncer, realizando quimioterapia ou radioterapia”, ressaltou Murad.
A governadora também fez uma visita aos consultórios de clínica médica que funcionam no térreo, onde também estão instaladas duas UTIs, uma pediátrica com cinco leitos, outra adulta de 11 leitos, além do serviço de imagem, como tomografia, ecocardiograma e ultrassom, e o setor de nefrologia.
Fotos: Nestor Bezerra
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - Sem Comentários
É impressionante como o programa Fantástico da Rede Globo traz assuntos interessantes e de muita importância para coletividade, porém não buscam a historicidade dos fatos e, assim, enriquecer a matéria e dar condições a crítica e ao questionamento em sua essência.
Na edição de ontem (20), o programa trouxe uma matéria que mostra a compra de sucatas veículo em Detrans brasileiros para servirem de regularizações de veículos roubados.
Ora bolas!!! Essa prática existe desde a década de 70, cujo nome do carro roubado para ser montando sobre um chassi regularizado era “cabrito”.
Os maiores cemitérios de chassis de carros roubados que serviram de cabrito para montagem em chassis regularizados são a Baia de Guanabara (RJ), o Lago Paranoá (DF) e a Represa Billings (SP).
O Fantástico deveria ter buscado a historicidade dessa prática criminosa e, com isso, buscar questionamentos dos porquês de um crime durar por tanto tempo no país sem que o Contran tomasse providências que evitassem essa prática, além de questionar o porquê dessas sucatas serem vendidas com toda documentação sem dar baixa no sistema, isso há mais de 30 anos.
Portanto, essa prática criminosa é antiga e como o Brasil é o país da impunidade, nunca buscaram alternativas para acabar com essa prática ilícita.
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - Sem Comentários
Agência Brasil
Para titular da Justiça, escândalos podem atrapalhar tanto a campanha de Haddad como a de Serra em SP; Cardozo afirma, porém, que julgamento no STF não afeta governo.
Conhecido por recomendar ‘juízo’ a seus interlocutores, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, admite que o julgamento do processo do mensalão e o ‘caso Cachoeira’ terão impacto sobre as eleições de outubro. Diante dos dois escândalos, porém, ele não se arrisca a medir o tamanho do prejuízo nas campanhas de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.
‘Um julgamento como o do mensalão será amplamente debatido, ao longo das eleições. Se vai atrapalhar ou ajudar, vamos aguardar. Pode ajudar uns, prejudicar outros. O mesmo pode valer para o caso Cachoeira e outras campanhas eleitorais, como por exemplo a de José Serra, caso as forças políticas que as apoiem estejam envolvidas no escândalo’, afirma o ministro, que é ex-secretário-geral do PT.
O processo do mensalão se arrasta há quase sete anos e preocupa a cúpula do PT porque deve ser julgado no segundo semestre pelo Supremo Tribunal Federal (STF), perto das eleições. A denúncia é de compra de voto parlamentar no governo Lula, em troca de apoio no Congresso. O comando da campanha de Haddad sabe que o escândalo será usado pelos tucanos na disputa e prepara a contraofensiva, já que a CPI para investigar as ligações do contraventor Carlos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) pode respingar no PSDB.
Cinco dias após a instalação da Comissão da Verdade, Cardozo ainda ameniza as resistências de alguns militares à investigação exclusiva dos crimes de tortura praticados por agentes de Estado. ‘Talvez um dia, quem sabe, eles se convençam de que a democracia é bem-vinda’, observa o titular da Justiça.
Por que a Comissão da Verdade vai investigar apenas crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura militar?
A lei deixa muito claro que o objetivo dessa comissão é a busca da verdade naquele período triste da história brasileira. Porém, o caminho a seguir, a estratégia e quem será chamado a depor é um problema da comissão, que tem total autonomia legal e política. O governo não vai interferir nesses trabalhos.
A advogada Rosa Maria, que defendeu a presidente Dilma quando ela era presa política, disse que a opinião pública pode levar o Supremo Tribunal Federal a rever a Lei da Anistia. O sr. é favorável a essa revisão?
Eu já debati muito essa questão na academia. Mas, como ministro da Justiça, tenho de fazer valer e respeitar o Estado de Direito. Na medida em que há uma decisão judicial, ela tem de ser cumprida.
Como o sr. responde ao ex-ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves, para quem a Comissão da Verdade é uma ‘moeda falsa, que só tem um lado’ e a presidente Dilma deve deixar de olhar o passado?
Os aplausos da sociedade são a melhor resposta aos que criticam a Comissão da Verdade e a postura da presidenta Dilma. Ninguém quer o revanchismo. O ato de criação da Comissão da Verdade simbolizou o Brasil superando divergências políticas e ideológicas.
Mas há insatisfações. O Clube Naval, por exemplo, anunciou a criação de uma ‘comissão paralela’ para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade.
Nós vivemos numa democracia. Então, mesmo aqueles que no passado foram contra essa democracia hoje podem se valer dela para expressar suas opiniões. Talvez um dia, quem sabe, eles se convençam de que a democracia é bem-vinda.
O sr. não teme reações da caserna?
Absolutamente. Não tenho dúvida de que as Forças Armadas têm total engajamento na estrutura democrática.
A presidente Dilma mandou publicar na internet os salários de funcionários do Executivo. No Legislativo e no Judiciário, porém, há resistência a essa medida. Como a Lei de Acesso à Informação pode funcionar assim?
Eu não diria que há resistência.
Como não? O Senado já avisou que não divulgará salários de servidores.
Existe uma diferente compreensão da aplicação da lei, que terá de ser objeto de discussão. Ninguém pode resistir ao cumprimento da lei. Quem não quiser cumpri-la, responderá por isso.
Como o sr. avalia as declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que petistas querem intimidá-lo para desviar o foco do julgamento do mensalão e proteger os envolvidos no escândalo?
Não me cabe comentar.
Mas o sr.ntegrou a CPI dos Correios como deputado e, à época, disse que o mensalão existiu. O sr. mudou de opinião?
Em nenhum momento eu disse que o mensalão existiu. Cheguei até a pedir uma correção à revista Veja. Afirmei que existia uma situação de destinação de recursos ilegais, de caixa dois. Isso era indiscutível.
Qual é a sua expectativa em relação ao julgamento do mensalão?
Que seja feita justiça.
Na sua opinião, seus antigos companheiros de partido, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, devem ser condenados?
A Justiça é que dirá. Eu confio imensamente na sobriedade e na imparcialidade do STF para fazer um julgamento que condiga com as provas existentes nos autos.
Mas o mensalão até hoje atemoriza o governo…
Não. O julgamento do processo do mensalão não interfere absolutamente em nada no governo.
Esse julgamento, perto das eleições, não pode atrapalhar a campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad?
Na vida política pesa, naturalmente, tudo o que está no seu entorno. Um julgamento como o do mensalão será amplamente debatido pela sociedade, ao longo das eleições. Se vai atrapalhar ou ajudar, vamos aguardar. Pode ajudar alguns, prejudicar outros.
O que pode prejudicar o candidato do PSDB, José Serra?
Quaisquer questões que acontecem na vida pública interferem na vida política eleitoral. O mesmo pode valer para o caso Cachoeira e campanhas eleitorais, como por exemplo a de José Serra, caso as forças políticas que as apoiem estejam envolvidas no escândalo.
Foi fechado um acordão na CPI para que não haja investigação de governadores, da matriz da Delta e de parlamentares. Essa CPI não está esvaziada?
Tenho certeza de que o Congresso fará o melhor para conseguir atingir o objetivo investigativo.
A segunda fase da Operação Monte Carlo vai gerar filhotes, pegando nova leva de parlamentares?
A vida dirá. Tudo está sob sigilo.
O Ministério Público investigará a venda da Delta, a empreiteira do PAC, para a J&F, que controla o frigorífico JBS. Não é estranho o BNDES ser sócio desse frigorífico e o governo não ter dado aval para o negócio?
Se algum dia o governo começar a avalizar ou orientar situações de mercado, estará fugindo muito do seu papel. Isso seria descabido.
Como o sr. viu a tentativa frustrada de petistas, na CPI do Cachoeira, de pedir a quebra do sigilo telefônico de um jornalista?
Eu não quero magoar parlamentares tecendo considerações sobre realidades que fogem à atuação do Ministério da Justiça.
Mas o sr. é a favor do controle da imprensa?
Alguém que seja contra a liberdade da imprensa está na contramão da história. O que hoje deve ser discutido é algo que cria normas disciplinadoras de direitos, tanto do ponto de vista de quem tem sua honra atingida quanto da própria segurança das empresas jornalísticas. É correto, por exemplo, que crimes de calúnia, difamação e injúria, praticados no âmbito de veículos de imprensa, sejam tratados no Código Penal? Não podemos ter medo desse debate.
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - 10 Comentários
Escrevo artigo em jornais há mais de 25 anos, isso sem ganhar nada em troca ou fazer qualquer tipo de negociata sobre o que escrevi até hoje.
Como articulista em colunas em jornais e blogueiro, nunca usei da minha caneta para picaretagens ou extorsões de quem quer que seja. Já cubro a Assembléia Legislativa do Maranhão há 10 anos e vários deputados ainda continuam com seus mandatos para servir de prova de que jamais os procurei para tentar praticar qualquer tipo de picaretagem ou extorqui-los.
O mesmo ocorre com prefeitos, secretários, vereadores, desembargadores, procuradores, promotores, empresários ou qualquer outro membro dos mais diversos seguimentos da sociedade.
Dizer que não tenho contratos com três deputados para divulgar suas atividades parlamentares, com dois prefeitos e usar minha página para expor propaganda, eu estaria sendo hipócrita e canalha, porém nunca os extorqui-los ou pratiquei algum tipo de picaretagem com algum deles, assim como não aceito que minha página sirva para atacar seus adversários políticos.
Este blog faz questão de divulgar – sem nenhum tipo de contato com seus presidentes, conselheiros, procuradores e promotores, policiais federais, Apruma e outros órgãos -, suas matérias de relevância, haja vista que são de interesse da coletividade. No TJMA praticamente sou um desconhecido… No TRE a mesma coisa… O mesmo ocorre no TRT, PGJ e MPMA, eu tenho algumas amizades, porém faço as divulgações de suas matérias sem jamais pedir algoem troca… Na PolíciaFederal fui apenas para responder um processo jornalístico… Quanto a Apruma, eu faço por amor a minha profissão “Professor”.
Na eleição de 2008, por exemplo, fiz um contrato com o candidato Clodomir Paz, que honrou até o final mesmo sabendo que não estaria no segundo turno. No segundo turno ele foi apoiar o candidato João Castelo. Como não havia mais o contrato entre nós, passei a divulgar a campanha do candidato Flávio Dino, sem que procurasse a coordenação de sua campanha para vender o espaço desse blog. Fiz por minhas convicções e praticamente não mantive contato com o candidato e muito menos com seus assessores.
Para muitos a vida se resume no capital e não é isso que eu tenho com discernimento. Na mudança do presidente da Assembléia Legislativa, por exemplo, tive uma redução gigantesca no meu salário, porém jamais usei de qualquer artifício rasteiro ou covarde contra o atual presidente Arnaldo Melo e nem tampouco com os deputados que poderiam manter o meu salário anterior.
Minhas matérias são baseadas em opiniões detalhadas dentro da linha científica “Dialética”, cujo objetivo é mais de chamamento de atenção e didaticamente mostrar o lado obscuro, que muito das vezes estão pautados no senso comum.
Atualmente o jornalismo – com o devaneio desenfreado do capitalismo, deixou seu lado noticioso para se transformar numa máquina registradora. O certo é que isso vem trazendo o descrédito junto à política, empresários, educadores, estudantes, religiosos, judiciário e outros segmentos da sociedade.
Muitos dizem que o jornalista deve escutar os dois lados… Não concordo com isso. Caso um jornalista receba uma denúncia bem embasada e com documentos comprobatórios, além de sua própria investigação, qual seria o sentido para buscar o denunciado?
Nesse caso, o denunciado terá o direito de resposta, amparado por lei e se a matéria for factóide, ele ainda terá o direito de entrar na Justiça para reparar os danos.
A busca pelo denunciado por si só já leva a crer que o jornalista está dando abertura para um acordo e quiçá extorção. Perde-se, com isso, o sentido maior da notícia.
Minhas matérias jamais serão contra a pessoa física, mas sim ao homem ou a mulher pública, que deve satisfações ao contribuinte. Não se pode ter a intenção de denegrir a imagem pessoal do denunciado, mas sim suas práticas irregulares como gestor público. A vida particular das pessoas não é de interesse da coletividade. Ela só passa a ser de interesse da coletividade quando estar relacionada as atividades públicas. Um exemplo: “A esposa do prefeito fulano de tal fez parte da quadrilha que assaltou o banco do município”, isso passa a ser de interesse da coletividade, mas sua vida privada não interessa a coletividade, apenas a um grupo que se presta a ler fofocas…
Muitas pessoas mandam denúncias a mim, contudo procuro mensurar e ver se tem teor de veracidade. O mesmo faço em comentários, pois respondo a todos e procuro mostrar que muitos não condizem com a realidade dos fatos.
Portanto, sou contra todo tipo de extorsão e picaretagem, ainda mais no jornalismo, que possui um espaço que o atingido não possui…
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - Sem Comentários
Quando Herbert Vianna cantou, em meados da década de 1990, sobre os “300 picaretas com anel de doutor”, não imaginava que, quase duas décadas depois, a situação no Congresso Nacional continuaria a inspirar revolta. “A música, infelizmente, não conseguiu ficar velha”, dispara o baixista do Paralamas do Sucesso, Bi Ribeiro, em entrevista ao Correio. O músico e membros da classe artística receberam com entusiasmo e endossaram a indignação dos que exigem a extinção dos 14º e 15º salários de deputados e senadores, transformada na campanha iniciada pela atriz Maria Paula cujo símbolo é a expressão #AbaixoAMordomia. Até o momento, faltam 498 deputados desistirem da regalia.
“O que eles ganham já é muito. A gente não está rasgando dinheiro para sustentar esses caras a pão de ló”, desabafa Ribeiro — carioca, que morou em Brasília entre 1971 e 1980. Para o poeta Nicolas Behr, os parlamentares estão ferindo um dos princípios básicos da Constituição, o qual afirma que “todos são iguais perante a lei”. “Os políticos estão lá atrás, mas as demandas da sociedade estão lá na frente. Não demos a eles o poder de legislar em causa própria. No fundo, eles não passam de servidores públicos”, constata o poeta.
Os músicos Ney Matogrosso e Dominguinhos também reverberaram os questionamentos da população sobre o ganho exclusivo dos congressistas. “Os políticos precisam entender que eles não são donos do país, eles trabalham para o país e são pagos pelo povo brasileiro”, desafia Matogrosso. Dominguinhos considera o assunto tão “absurdo” que acha que não deveria nem “ser mencionado”. “Somos nós que pagamos e ninguém sabe quanto eles realmente ganham. Enquanto isso, o cidadão comum não tem direito a nada”, denuncia.
Postado por Caio Hostilio em 21/maio/2012 - 6 Comentários
Agora querem fazer crer que o Washington Oliveira é candidato do Sarney.
Quanta politicalha sobre o que o vice-governador disse numa entrevista que não era candidato dos Sarneys à Prefeitura de São Luís, mas sim do Partido dos Trabalhadores (PT).
Sinceramente, ele omitiu a verdade? Ora bolas!!! Ele disputou uma prévia com o Bira do Pindaré para ver quem disputaria à Prefeitura de São Luís pelo PT e venceu democraticamente.
Portanto, ele é candidato legitimo do Partido dos Trabalhadores e não do Sarney, haja vista que o Sarney não é um partido político e não possui registro no TRE.
O vice-governador Washington Oliveira é candidato do PT à Prefeitura de São Luís, mas terá em torno de sua candidatura os partidos que fazem parte da mesma base aliada do Palácio do Planalto.
Logo, o PMDB que tem o vice-presidente da República, é o partido preferencial para essa aliança aqui no Maranhão, porém isso não quer dizer que o PT não busque outros partidos dessa mesma base aliada a nível nacional.
Portanto, é uma canalhice tentar falsear as verdades dos fatos. Washington Oliveira não pode dizer que é candidato do Sarney, mas sim do PT, com o apoio dos partidos da mesma base aliada da presidenta Dilma.
Agora, Se perguntassem ao Washington se ele teria o apoio do senador José Sarney e do grupo da governadora Roseana Sarney, tenho certeza que ele responderia que sim, pois isso é claro e notório.
Então, que os factóides ao menos não confundam alhos com bugalhos!!!
Postado por Caio Hostilio em 20/maio/2012 - Sem Comentários
Agência Brasil
No próximo mês, a Comissão de Integridade na Atividade Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai examinar quatro denúncias de fraude em pesquisas científicas no Brasil. Essa será a primeira reunião da comissão instituída no ano passado e que funcionará como auxiliar à diretoria executiva do CNPq.
Os processos estão sendo analisados sob sigilo pelas áreas técnicas do CNPq. A comissão foi criada para apurar se ocorreram, em pesquisas conduzidas no país, casos de falsificação e invenção de dados, plágio e auto-plágio (quando o autor repete texto escrito e publica como fosse inédito).
De acordo com Paulo Sérgio Lacerda Beirão, coordenador da comissão e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, o problema “sempre existiu”, mas “deixou de ser pontual e passou a ser um problema que as agências e os institutos de pesquisa têm que cuidar”.
Beirão avalia que a aparição dessas denúncias já é efeito da criação da comissão e destaca que o número de acusações é baixo levando-se em conta que o CNPq lida com 21 mil bolsistas. “Não é um número proporcionalmente significativo, mas é significativo que haja denúncias”, avaliou.
Se for comprovado algum problema em parecer técnico apreciado pela comissão, poderá ser sugerida à direção do CNPq desde a advertência do autor e correção de erro até a suspensão de bolsas e financiamentos concedidos pelo conselho.
Eventualmente, um processo administrativo poderá ser levado à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tomada de contas especial, que apura responsabilidades (com direito de resposta) por ocorrência de dano e visa ao ressarcimento à administração pública. Responsáveis pelo problema poderão até ser inscritos no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
Segundo Beirão, as fraudes nas pesquisas tendem a ser desmascaradas. “A virtude da ciência é que nada é tomado como definitivo, sempre estão verificando”, apontou. Ele ponderou, no entanto, que, até a descoberta da fraude, a produção científica pode ser induzida ao erro. “Isso implica em custo, em desvio. [A pesquisa] Começa a investigar uma linha que, na verdade, está errada. Está desperdiçando recurso humano, tempo, dinheiro”.
O diretor do CNPq observa que a ocorrência de fraudes em pesquisas científicas existe há alguns anos e em várias partes do mundo, não é algo novo. “A pesquisa científica é uma atividade sujeita às grandezas e vilezas [baixeza] do ser humano”, enfatizou.
Relatório da comissão de integridade disponível no site do CNPq enumera vários casos de fraude pelo mundo, entre eles o caso do Homem de Pitdown, “uma montagem de ossos humanos e de orangotango [falsamente descoberta no início do século 20, na Inglaterra] convenientemente manipulados, que alegadamente, seria ‘o elo perdido’ na evolução da humanidade”. A farsa foi descoberta na década de 1950, quando foi possível fazer a datação da mandíbula e do crânio por meio de carbono radioativo e descobrir que os ossos tinham origens diferentes.
O CNPq faz parte, como membro da comissão executiva, do Global Research Council, órgão internacional recentemente criado pelas principais agências de fomento à pesquisa no mundo para, entre outras funções, tratar de problemas de integridade das investigações científicas em todo o planeta. Em maio do ano que vem, em Berlim, a capital alemã, o Global Research Council elaborará um documento que poderá servir para todas as agências como referência de normas contra a fraude científica.
Além de Beirão, fazem parte da comissão Jailson Bittencourt de Andrade (Universidade Federal da Bahia); Silke Weber (Universidade Federal de Pernambuco); Alaor Silvério Chaves (Universidade Federal de Minas Gerais); e Walter Colli (Universidade de São Paulo).
As diretrizes básicas para a integridade na atividade científica estão disponíveis no site do CNPq, no linkhttp://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes.