Gilmar Mendes se viu um caminho espinhoso… O tiro saiu pela culatra!!! Caiu sobre ele a irresponsabilidade de um magistrado ser chantageado e se omitir, além de ter colocado seus pares numa tremenda saia justa, cujo resultado foi o desmentido por todos os ministros do STF citados no factóide da Veja.
Lula apresentou uma nota convicente, que foi sustentada pelo ex-ministro Jobim e depois as desconversas de Gilmar Mendes… É muita canalhice.
Comungo da mesma opinião do JB, que se mostrou intrigado, bem como aos que manejam um raciocínio minimamente lógico, alguns aspectos do encontro de Lula com Gilmar. Instigado pela falta de sentido das nuances narradas, vale indagar:
– Lula e Gilmar nunca mantiveram relação mais próxima. Ao contrário. O ministro do Supremo se disse vítima, em passado recente, de um grampo de uma conversa sua com o senador Demóstenes Torres. A República tremeu com a revelação. Tempos depois, uma minuciosa investigação da Polícia Federal apontava que não havia qualquer escuta no gabinete de Gilmar. Criava-se a ficcional figura do grampo sem áudio. Diante disso, seria Lula, mesmo no exercício de um ato infame, ingênuo a ponto de pressionar um ministro que lhe causara tão graves problemas?
– O que Lula poderia ter ofertado a Gilmar no escritório de Jobim? Pelo sabido até o momento, o ministro não é alvo da CPI do megacontraventor Carlinhos Cachoeira. Pela comissão de inquérito do Senado e Câmara a sociedade conhece outros suspeitos, entre deputados, empresários e governadores, destacando-se a figura do oposicionista de Marconi Perillo, o tucano de mais vistosa plumagem do Brasil Central. O que o Presidente Lula poderia fazer hoje sem mandato diferente do que não fez com o mandato?
Lula tem a seu favor o testemunho de Jobim, que afirma categoricamente: o ex-presidente estava em seu escritório cumprindo uma agenda social e o tema mensalão jamais foi discutido. E mais: Lula e Gilmar em nenhum momento teriam ficado a sós, distantes dos olhares e ouvidos do anfitrião.
O certo é que práticas de chantagem e outras artimanhas condenáveis são sempre estarrecedoras. Ferem a ordem, humilham a sociedade e desmoralizam o organismo institucional. O Brasil não suporta a mexicanização de suas instituições se prevalecer Carlinhos Cachoeira entre políticos brasileiros.
O processo do mensalão seguirá seu curso. Punirá culpados se houver ou absolverá inocentes previamente julgados e condenados pela oposição e suas vozes influentes fora dos limites do Congresso.
À CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira, claudicante até agora, exige-se o fim da blindagem dos aliados A ou B, uma investigação rigorosa, a recuperação de bilhões de reais desaparecidos no desvão da corrupção e a emersão dos nomes de todos os culpados, sem exceção, não importando o cargo e a posição que ostentem na República. Cachoeira e Demóstenes são, até o momento, apenas (sem que isso lhes subtraia a alta hierarquia criminosa) o abre-alas deste cordão de malfeitores.
Podem contar que ainda surgirão muitos factóides e todos estarão na Veja… É só aguardar!!!
Publicado em: Governo
Eu ainda confio no cara que mudou o perfil dos brasileiros.
Somente uma panelinha pequena de riquinhos insatisfeitos é que não suporta a ideia de sentar-se ao lado de um brasileiro comum num avião, por exemplo. Essa gentinha rica adora uma desigualdade social e não sabe o que fazer agora, quando os brasileiros mais pobres sentiram o doce gostinho de usufruirem de alguns direitos que antes eram apenas letra na constituição. O mais legal, e irreversível, é que o povo agora sabe que não é “pobre porque Deus quer”. Nada disso mesmo. Deus quer que todos tenham o suficiente para viver bem. Se alguém não tem nada, é porque alguém está se apropriando dessa parte. Lula foi cara que teve a coragem de mostrar isso aos brasileiros. Valeu, Lula! Saúde e força, irmão.
Concordo plenamente…