Quanta saudade das minhas lutas!!! A minha geração tinha um foco… A liberdade, a democracia, a paz entre os homens, a igualdade, o respeito à vida humana, a liberdade de questionar e criticar sem censura, poder gritar: “Somos Livres”!!!
Lutamos tantos!!! Quantos de nós fomos torturados, perseguidos, ditos como subversivos, exatamente por queremos o que todo ser vivo quer… LIBERDADE!!!
Agora, deparo-me com uma guerra desumana… Pior que aquela que vivíamos, haja vista que essa atual é traiçoeira, cujo objetivo gira apenas em torno do capital e não mais sob as questões ideológicas e o desejo da igualdade social.
O mundo gira, gira, gira… A humanidade continua desumana!!! Nada muda? Afinal qual o sentido de nossa existência? Qual seria a finalidade para que nós (seres humanos) viéssemos parar aqui? Destruir esse planeta com uma das armas mais letais, a ambição?
A canção do grande poeta Renato Russo “A humanidade é desumana” traduz o sentimento que tínhamos e que pensávamos nos idos de 78 a 83…
O professor que se tornou um dos maiores compositores, Belchior, foi outro que sintetizou com muita sapiência o sentido eterno dos seres humanos, quando ele cantava: “Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.
Na verdade, esse verso traduz tudo… Mesmo que estejamos progredindo tecnologicamente, ainda continuamos cometendo os mesmos erros de sempre e as desumanidades dos nossos antepassados.
O certo é que o homem atual se acha acima de todas as coisas… Afastou-se por completo do absoluto. Desse modo, “o bem” dele passa a ser o “politicamente correto”, mesmo que seus valores morais ou espirituais afrontem às leis do Eterno.
Fique com a canção de Renato Russo:
Publicado em: Governo
parabens. vc expõe para reflexão o sentido de lutar para viver
Obrigado… Pena que a humanidade não consegue ver o quanto vem se transformando mais e mais desumana!!!
Meu amigo eu tenho 33 anos, sou mais novo que vc 19 anos e sinto saudades da minha epoca de infancia, que dirá vc neste seu relato aqui de suas lutas, enfim. Décio gostava muito de Belchior (eu tbm), vc citou Renato Russo e nao nos esqueçamos das musicas de Cazuza tbm, que mostram esse retrato de hj. Abraco
Caso de citar as músicas dele… Renato e Cazuza são mais da minha geração e tive o privilégio de conviver com ambos… Cazuza no Rio de Janeiro, nas conversas na Visconde de Pirajá e Renato nos encontros na Praça do Buriti em Brasília… Sonhavamos com um mundo melhor e muitos de nós lutamos bravamente na luta corpo a corpo e eles através de suas poesias fantásticas… Metaforas que deixam muitos sem rumo, como de Cazuza “Minha piscina está cheia de ratos” e Renato em Vento no Litoral “Cavalo marinho”… Ali eles mostraram o quanto estavam além de suas épocas… Belchior, Gonzaguinha, Zé Ramalho, Oswaldo Montenegro, Titãs, os Paralamas do Sucesso etc. também davam recados fantásticos…
Um dos pouquíssimos lugares aqui em Sao Luis que dispomos para escutarmos/recordarmos todos esses grande cantores/compositores chama-se Bar do Leo, no Vinhais. Meu amigo, eu sento na cadeira, as vezes estou sozinho, peço uma cerveja ou caipiroska (depende do dia) e peço-o para soltar as suas relíquias e ali fico viajando nas letras da músicas. Eu sou fã de Elis Regina (porra que voz ela tinha) e ele (Leo) é um dos poucos que tem tudo dessa mulher.
É verdade…
[…] isso, fiz um artigo em 19 de maio de 2012 “Uma geração utópica…”, onde expresso o sentimento da minha geração e vejo que o quando Fernando Pessoa tem razão […]