Como formar cidadãos críticos, se a educação afasta o aluno da notícia?

Publicado em   19/maio/2012
por  Caio Hostilio

É sabido por todos que o brasileiro não tem o costume da leitura e, principalmente, das notícias de seu próprio interesse, seja no campo político, social ou econômico.

O brasileiro aprendeu a se informar apenas por noticiários televisivos e na maioria esmagadora nas conversas de corredores, praças, ônibus etc.

O brasileiro perdeu ainda mais a vontade pela leitura quando da Ditadura Militar, cuja censura proibia a mídia de divulgar as verdades sobre as áreas que conduzem a vida humana.

A maior vítima foi a educação brasileira, que deixou de debater em aulas de história, português, filosofia e sociologia, as matérias retiradas dos jornais de grande circulação no país.

As avaliações de Língua Portuguesa, por exemplo, no que se referia a interpretação de texto, buscando sempre uma avaliação subjetiva dentro da coesão textual, eram sobre matérias publicadas na Revista Cruzeiro, no Jornal do Brasil etc. O aluno além de aprender a língua em sua essência, aguçava seu senso crítico e questionador.

Hoje em dia não se ver mais esse tipo de trabalho na educação brasileira, cujos resultados são alunos desenformados e sem condições de debater em sua essência o que de fato acontece no país.

É preciso retomar esse tipo de atividade na educação brasileira, caso contrário estaremos formando cidadãos críticos sem causa!!!

É preciso à condição do sujeito/leitor, dada a uma seleção de conteúdos, resultando um conhecimento e dando a ele o direito de mesurar suas idéias dentro das circunstâncias em que vivemos.

É pertinente afirmar que, a concepção de leitura no sistema educacional é muito atribuída aos livros didáticos, tal recurso não é o suficiente para trabalhar uma gama de assuntos condizentes com a realidade do educando e seu contexto social.

O aluno tem que interagir com os acontecimentos. A leitura tem sentido amplo, é, sem dúvida, necessário ampliar essa prática a outras fontes de informação, pois se vive em um contexto que a globalização, reforçada pelo desenvolvimento acelerado das novas tecnologias da informação e comunicação, ampliou a velocidade da disseminação do conhecimento. No mundo moderno, para que o cidadão possa estar inserido aos novos padrões exigidos pela sociedade é indispensável à leitura para domínio de conceitos e intercâmbios de relações, para que, enquanto sujeito de seu mundo, possa intervir na sua realidade.

Diante disso, o jornal se firma como elo que possibilita e facilita às mediações do mundo.

É preciso refletir sobre isso… Só a educação pode mudar, mas sem dar condições ao aluno, nada muda!!!!

  Publicado em: Governo

4 comentários para Como formar cidadãos críticos, se a educação afasta o aluno da notícia?

  1. Fernando disse:

    Fiquei muito feliz com a noticia de que o Deputado Pedro Fernandes sera o novo Secretario da Educaçao. Eu o conheço muito bem e sei bem de sua competencia e esforço como pessoa, parlamentar e profissional. Vamos torcer para que ele melhore os nossos indicadores.

    • Caio Hostilio disse:

      Se ele montar uma excelente equipe de educadores, com certeza fará um trabalho brilhante, além de acabar com os vícios daquela secretaria.

  2. Fernando disse:

    Caio, em 2010 eu fiz um artigo em um trabalho no Mestrado cujo titulo foi: “A leitura como fonte de informaçao para novos conhecimentos”, vou ver se acho e lhe mando por email. Abraços!!!

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