É um jogo de estudo. Se apertar de cá, o contra-ataque pode ser fatal. Uma estar ligada a outra. E os caciques sabem que se abrirem a caixa preta de fato de tudo a Republica vai a abaixo. O Mensalão tem a ver com o Cachoeira, como o Cachoeira tem a ver com o Mensalão.
Todos sabem que o Mensalão foi um esquema montado por Cachoeira para destruir o PT. Mas o PT soube se blindar do próprio Cachoeira que montou um esquema, através da Delta, para proteger os Demos e os tucanos.
Talvez esteja aí uma das maiores armações arquitetadas para embolar todos os poderes constituídos num emaranhado de artimanhas que para desatar o nó somente apagando tudo e recomeçando o Brasil…
É simplesmente impossível investigar esse jogo que começou pela luta árdua pelo poder e pela força do capital!!!
A CPI tenta dar ar de graça ao querer renovar a convocação do Cochoeira e a resposta do STF é imediato, visto que o presidente Ayres Brito disse que pretende convocar uma reunião administrativa, na próxima terça-feira, para discutir com seus pares uma logística para o futuro do julgamento da ação penal Mensalão do PT.
Na semana passada, o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, provocou uma “questão de ordem”, ao fim da qual o plenário do STF chegou a definir alguns detalhes do maior processo da história da Corte, com 38 réus e 50.199 páginas, a começar pela leitura do relatório, que será um resumo de duas ou três de suas 122 páginas, já enviadas ao revisor e aos demais ministros, há mais de cinco meses.
A CPI do Cachoeira, por sua vez, vendo essa movimentação do STF, adiou a convocação de Cavendish e a quebra de sigilo da Delta. Simplesmente a Comissão deixou de votar requerimentos que pediam a quebra de sigilo da matriz da empresa Delta Construções e a convocação de seu ex-diretor, Fernando Cavendish. Os requerimentos, por decisão do relator, Odair Cunha (PT-MG), foram retirados de pauta para votação posterior.
Durante a reunião, o relator alegou que ainda não havia identificado indícios de comprometimento da empresa Delta com a suposta organização criminosa comandada pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O relator disse ainda que esses requerimentos poderão ser apreciados no futuro.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) tentou derrubar a retirada dos requerimentos da pauta, mas foi vencido pelo plenário da CPMI, que aprovou a decisão do relator.
Para acalmar os ânimos, a CPI também optou por não colocar em votação as convocações de três governadores: o de Goiás, Marconi Perrilo (PSDB), do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). De acordo com o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), esses requerimentos poderão retornar à pauta da comissão no dia 5 de junho, data marcada para a próxima reunião administrativa.
Como uma ação é completamente atrelada a outra, além de ser de interesse dos poderes, o jogo tem tudo para terminar empatado…
Publicado em: Governo