Estadão
O grande Lula deu a aula em oito anos… Governou com a minoria no Senado e aprovava suas matérias na Casa… Deixou para Dilma uma maioria folgada, porém lhe faltou jogo de cintura para conduzir as arestas políticas, além de colocar Ideli Salvatti numa função da qual não tem a mínima capacidade de articulação… Numa democracia se o poder Executivo achar que é maior que o Legislativo, as coisas vão por água abaixo… Veja o quando o Obama se mexe e remexe para manter a boa relação nos USA.
Quinze meses depois de formar uma gigantesca base de apoio dentro do Congresso, com 17 partidos aliados, a presidente Dilma Rousseff viu esse amplo arco de alianças se desmantelar na semana passada e terá de enfrentar o painel de votação do Senado na terça-feira sem saber com quantos parlamentares pode contar. Vence na quarta-feira a medida provisória que trata do sistema de defesa civil, o que obrigará os governistas a tentar aprová-la na véspera para não deixá-la morrer – mesmo sem o apoio do PR, que rompeu com o governo há quatro dias.
‘Como não dá para pôr na geladeira nem o PR nem a MP, não tem como adiar a votação. Vamos ter de trocar o pneu com o carro em movimento’, diz o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA).
O petista e o novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), reuniram-se na noite de quinta-feira com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para avaliar o conturbado cenário da semana, e acertar a agenda que terá de ser enfrentada nos próximos dias.
Hoje, praticamente todos os partidos da base têm queixas contra o governo ou contra o estilo linha dura na condução do relacionamento com o Congresso por parte da presidente e de seus principais articuladores.
Bancadas organizadas e bem articuladas, como as dos ruralistas, do Nordeste e dos evangélicos, não escondem as restrições ao governo federal por se sentirem discriminadas em assuntos de seu interesse, como o Código Florestal e a Lei Geral da Copa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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