A insatisfação com a falta de habilidade nas negociações no Congresso ganhou nome e sobrenome: Ideli Salvatti. Ministra das Relações Institucionais, a ex-senadora estreou bem diante dos parlamentares, conseguindo a prorrogação do decreto de restos a pagar de 2009 e 2010, o que garantiu mais recursos para os prefeitos. Obteve vitórias em votações importantes no Congresso, especialmente em 2011. Mas, no caos em que o Planalto mergulhou nas últimas semanas, Ideli perdeu-se de vez. Em tom irônico, tem gente com saudades de Luiz Sérgio, “o garçom” que só anotava os pedidos. “Pelo menos era educado”, brincou um petista.
A reclamação recorrente de que o governo não está liberando as emendas parlamentares está sendo debitada diretamente na conta da ministra. Esses pagamentos são considerados estratégicos para manter satisfeita a base eleitoral dos parlamentares, especialmente em ano de pleito municipal. Como os “nãos” são sempre proferidos pela ministra, que recebe diariamente deputados e senadores com essa demanda, o desgaste vai se acumulando.
Publicado em: Governo