As mexidas de Dilma já dão sinais de desconforto no Congresso… Fez me lembrar de Collor!!!

Publicado em   13/mar/2012
por  Caio Hostilio

Direto de Brasília – Hoje (13), vi a presidente Dilma num ambiente completamente desfavorável a ela. Desde a sua chegada para participar da homenagem ao Dia Internacional da Mulher, observou-se que sua mexida não foi muito aceita pela base de apoio ao governo, principalmente a bancada do PMDB.

Mexer em casa de marimbondo é um tanto perigoso!!! Enquanto ela estava no plenário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estava na Comissão de Assuntos Econômicos. Oficialmente, para falar da economia do país. Mas certamente Mantega terá que dar explicações sobre temas polêmicos, como a crise no Banco do Brasil e na Previ.

O Planalto acha que Jucá (RR) foi passivo diante da movimentação de colegas do partido para barrar a recondução de Bernardo Figueiredo. A julgar pela avaliação da rotina comum do PMDB, alguns vão mais longe: ele teria atuado nos bastidores para garantir os votos secretos suficientes para mandar um recado a Dilma.

A insatisfação da base aliada no Congresso com a atuação de Dilma Rousseff ocorre já há alguns meses. Mas ganhou contornos mais vívidos na semana passada. Em comum, deputados e senadores reclamam da falta de interlocução com o Palácio do Planalto. Também questionam a não liberação de emendas parlamentares e a demora na nomeação de indicados de segundo escalão. O que os peemedebistas buscavam era criar um fato que servisse para Dilma como demonstração dessa insatisfação. Imaginavam que, diante da derrota, ela recuaria, chamaria os partidos para conversar e cederia às suas reivindicações.

Agora será a vez da Câmara dos Deputados. A mexida é inevitável, visto que a presidenta Dilma vem insatisfeita com seu líder do governo entre os deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), desde a derrota do governo na primeira votação do Código Florestal na Câmara, no início do ano passado. Por isso, aposta-se no Congresso que a troca de Jucá é apenas a primeira de outras mexidas de peças. E peças que poderão mesmo levar a uma mudança gradual na formação da própria base do governo.

Pela movimentação do Planalto, fica evidente que a presidente Dilma quer rifar o PMDB e buscar uma parceria PSB/PSD, tendo como vice em 2014 o presidente socialista Eduardo Campos… Já cantei essa pedra diversas vezes aqui nesse blog.

Muitos petistas dizem que estão quebrando o acordo com o PMDB, a demonstração será sinalizada na eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Caso o acordo for rompido, fica selado que o PMDB não será mais o parceiro preferencial do governo.

Levando a leitura de que o vice de Dilma em 2014 será o atual governador de Pernambuco Eduardo Campos.

O certo é que o PMDB como o maior partido brasileiro é o sonho de consumo do PSDB, PPS e DEM, além de puxar partidos importantes, como PR, PTB, PSC e o PP. Os tucanos estão jogando gasolina para que tudo isso aconteça, principalmente porque a oposição no Senado se tornaria maioria.

Dilma poderá estar mexendo num grande vespeiro. A possibilidade de retaliação dos peemedebistas já começa a ser esboçadas. Na semana passada, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), deixou um recado aos seus seguidores no Twitter. Disse o peemedebista: “Se não houver muita maturidade, mas muita mesmo, grave crise parlamentar à vista”. A afirmação ocorreu no dia seguinte à negativa do Senado ao nome de Bernardo Figueiredo.

  Publicado em: Governo

5 comentários para As mexidas de Dilma já dão sinais de desconforto no Congresso… Fez me lembrar de Collor!!!

  1. Ribamar disse:

    Caio,
    Somente no Maranhão que os partidos aliados do Governo não tomam uma posição sobre os cargos(Técnicos capacitados) .Tem partido que faz parte da base de apoio real e irrestrito, e não possui nenhuma Secretaria, isto significa subserviência, o que não deve ocorrer em um regime democrático de direito, todos tem que participar.
    Se há comprometimento que sejam de todos.
    Um abraço

  2. luis henrique disse:

    O PMDB é o maior partido do Brasil sem um projeto para o país, vive à reboque daqueles que possuem em troca de cargos. O PT apesar de possuir diversas divisões internas possui métodos e objetivos, aprendeu rápido como funciona as coisas na casa do aliado e agora explora isso, duvido muito que o PMDB saia da base do governo. Pior do que perder a condição de partido com fortes bases na municipalidade seria perder a identidade adesista que lhe garantiu até hoje o sustento. É isso que está em jogo. O velho PMDB sente que, a fome expansionista dos” companheiros” não tem limites. Para complicar até ontem os muitos caciques do PMDB ainda não tinham enfrentado um levante de seus poucos “índios rasos ” porém, a coisa mudou a insubordinação é geral devido a concentração de benesses apenas nas mãos de Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Henrique Alves no meu ponto de vista, Dilma não corre nenhum perigo, muito pelo contrário ele está sabendo jogar muito bem com a situação, deixando os correligionários de partido se digladiarem e ainda atiçando-os com essas trocas de lideranças. Por fim, isso serve para mostrar que no PMDB qualquer um vende sua independência por mais participação no governo.

    • Caio Hostilio disse:

      Aí é que você se engana… a maioria dos projetos apresentados e aprovados no congresso é do PMDB… O resto de sua análise não vale nem comentário…

  3. Caio Hostilio disse:

    […] (typeof(addthis_share) == "undefined"){ addthis_share = [];}Na minha matéria “As mexidas de Dilma já dão sinais de desconforto no Congresso… Fez me lembrar de Collor!!!”, do dia 13 de março, eu estava em Brasília e tive a oportunidade de conversar com diversos […]

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