Reunião na OAB: A intenção é desmoralizar a figura da governadora Roseana.
Estive agora pouco, na OAB, para saber do resultado da reunião de membros do governo com comandantes da greve ilegal dos policiais e bombeiros militares.
Conversei rapidamente com o secretário João Alberto, que estava acompanhado do deputado estadual Roberto Costa e do Coronel do Exército, chefe da comunicação da 10ª Região Militar.
O representante dos grevistas era o delinqüente Prisco e somente depois chegaram os advogados dos grevistas.
Segundo João Alberto, ainda não houve acordo, mas que para uma negociação será necessário a paralisação do movimento de imediato. O secretário informou que haverá uma nova reunião amanhã as 15h.
Conversando com os advogados dos grevistas pude ver a tabela de salário que está sendo exigida. Um coronel passaria a ganhar R$ 16 mil e um soldado em torno de R$ 4.500,00. Pelo que pude apurar essa margem é a mesma imposta pela PEC 300, que ainda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Vale ressaltar que para colocá-la em prática os Estados terão que receber recursos extraordinários para o cumprimento desses salários.
Um dos advogados chegou a dizer: “Eles aceitam que seus salários fiquem entre R$ 3.400,00 e R$ 3.700,00… Na casa dos R$ 3.500,00, sem que seja alterado o auxilio alimentação”.
Os advogados elogiaram muito a postura e conhecimento do secretário João Alberto, que bateu ponto a ponto com o tal Prisco, porém deixando claro que só negociaria questões salariais com o fim da greve e após estudos realmente que estão ao alcance do orçamento do governo.
Os advogados disseram-me que os grevistas não confiam mais na governadora, visto que ela não teria cumprido o acordo. Então questionem: Que acordo? Eles responderam: o feito na Assembléia Legislativa pelos deputados governistas, principalmente o deputado Manoel Ribeiro. Voltei a questionar: Mas as promessas feitas tinham o aval da governadora, pois a mesma nem se encontrava no Maranhão? Resposta: Estão usando isso politicamente.
Eles disseram-me que os grevistas queriam retornar as suas atividades quando foi decreta pela Justiça sua ilegalidade, mas que foram persuadidos pelo tal Prisco… “Ele é doutor em greves de policiais… Esteve em todas no Brasil”, falaram os advogados. Segundo os advogados, o Prisco falou aos grevistas: “Todos os governadores abriram mão e deram o que os policiais pediram, está aqui o caso de Rondônia, Amapá etc. Eles esperam uns dias, mas depois abre para todas as exigências. Fiquem tranqüilos”.
O Prisco e os oposicionistas estão impondo aos grevistas que não confiem na palavra da governadora Roseana.
Um dos advogados me revelou que os policiais estão confiantes na derrota do governo, visto que o Exército e a Força Nacional não sabem operar o Ciops e que isso deixará o Estado numa situação difícil.
Como se pode ver, a reunião de amanhã terá o mesmo resultado da hoje, só terá um resultado diferente caso as perspectivas de Prisco se confirmem, a governadora Roseana acate todas as reivindicações e jogue uma pá de cal no seu governo.
NOTA PÚBLICA
A Delegacia Geral de Polícia Civil e seus Superintendentes infra-assinados, no uso de suas prerrogativas legais, face ao incidente de manifestação dos órgãos classistas: Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão, da Associação dos Servidores da Polícia Civil do Maranhão e da Associação da Polícia Técnica Cientifica/MA, no sentido de deflagrarem greve por tempo indeterminado, vem a público informar:
Até a presente data esta Delegacia Geral, não recebeu qualquer comunicação formal por partes das entidades de classista acima acerca da deflagração de greve no âmbito de suas atividades.
Registra-se ainda que não constam nos arquivos desta Delegacia Geral, bem como da Secretaria de Segurança Pública, reivindicações formalizadas que não tiveram sido atendidas ante os pretéritos consignados pelas mencionadas entidades classistas;
No que tange ao efetivo cumprimento por parte do Governo do Estado na inclusão dos subsídios dos mencionados profissionais, as horas extras que vinham recebendo fora da base remuneratória, inclusive objeto de concessão em pleito sindical recente, levado a cabo pelo SINPOL/MA, já foi aprovado pela Assembléia Legislativa para fins de efetiva incorporação salarial a partir de janeiro de 2012;
Outros pleitos seriam apreciados mediante a constituição de uma comissão específica para tratar dos assuntos, em especial, na elaboração do Plano de Cargos e Salários – PCC entre as entidades classistas e a SEPLAN;
É com pesar que recebemos as noticias da manifestação supra, de forma que, a luz das legislações aplicáveis a situação, todas as Unidades de Polícia Judiciária estarão atendendo dentro do clima da normalidade legal e, caso haja recebimento formal da comunicação das entidades classistas em apreço, permanecerá a prestação dos serviços do Polícia Judiciária sendo desempenhada na forma regulamentar, ou seja, mediante proporção legal determinada em lei a ser observada pelas autoridades policiais;
A Delegacia Geral estará aberta e disposta ao diálogo objetivando mediar a resolução mais plausível possível com vistas a restaurar normalidade em prol da efetiva prestação dos serviços públicos da Polícia Judiciária e a tranqüilidade da população maranhense.
São Luís, 29 de novembro de 2011
Publicado em: Governo