Para se chegar as verdades sobre uma compra ou a contratação de serviço são importantes que se analise o processo em referência de compra de capa a capa, caso contrário os questionamentos e críticas, baseadas em resenhas do Diário Oficial, fica fora da realidade de uma determinada licitação.
No jornalismo é nítida a falta de conhecimento nesse caso. Simplesmente se baseiam nessas resenhas e mesmo assim erram, pois buscam apenas dar um furo e achar que aquilo servirá de denúncia para apurações do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Ora bolas!!! As resenhas em si desmentem e mostram claramente que seria preciso uma investigação no processo de compra, principalmente na modalidade licitatória, as justificativas de compra e os pareceres técnicos.
A denúncia de que a Secretária de Saúde teria adquiro uma caminhonete por R$ 519.500,00 é um caso claro de que o jornalista tinha que buscar melhores informações. Para bastava que ele lesse na própria resenha a modalidade licitatória, que foi Pregão, além de constar que a aquisição seria pelo menor preço. Com certeza se tivesse conhecimentos licitatórios ficaria com dúvidas e buscaria saber os fatos reais.
Qualquer concorrente jamais aceitaria perder para um preço tal elevado como esse. De imediato entraria com recurso para anular a licitação.
O certo é que resenhas são apenas resumos simplificados, que às vezes deixam de acrescentar algum item que se possa fazer uma análise mais profunda. No caso da compra em questão, a SES comprou cinco caminhonetas, que por meio de pregão e pelo menor preço, saiu cada uma por R$ 103.900,00, isso bem abaixo do valor de mercado, pois o pregão usando o menor preço leva sempre a economia.
Diante desse fato, sugiro que antes de escrever sobre processos licitatórios, jornalistas não se baseiam apenas em resenhas do D.O., mas sim buscando o processo em sua totalidade, ou seja, de capa a capa, coisa que é amparada pela Constituição.
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