Maranhão: DEM é o que mais encolhe após criação do PSD

Publicado em   24/out/2011
por  Caio Hostilio

As movimentações partidárias que antecedem o período pré-campanha atingiram em cheio o Democratas no Maranhão. A legenda foi a que mais encolheu nos últimos meses, superando as baixas no PSDB. Em menos de seis meses, o DEM perdeu quatro representantes entre as suas bancadas na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

O nascimento do Partido Social Democrático (PSD) é o grande responsável pela diáspora, que ainda pode render novas baixas até a próxima semana. Deixaram recentemente o DEM os deputados estaduais Raimundo Cutrim, Tata Milhomem e Max Barros, único a migrar para o PMDB e disposto a concorrer à prefeitura de São Luís no próximo ano.

A próxima baixa, aguardada para a próxima semana, é de Antônio Pereira. Já na Câmara Federal, a saída foi promovida por Nice Lobão, que também cedeu às propostas do novo partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

As migrações ao PSD também atingiram nos últimos meses o PSDB. Mas o encolhimento da bancada foi menos intenso frente ao DEM. Entre os seus filiados com cargo eletivo, abandonaram o partido o deputado estadual André Fufuca e o deputado federal Hélio Santos.

Apesar do alarde, o presidente do PSDB no Maranhão, Carlos Brandão, avalia com naturalidade as trocas partidárias. “Essas trocas de partidos são naturais. Assim foi no governo José Reinaldo e Jackson Lago. Não é a primeira vez que isso ocorre”, afirma o tucano.

“É uma pena que essas migrações tenham sempre por trás a busca por interesses pessoais e promessas em troca da aproximação à base de governo”, completa. A janela eleitoral aberta pelo PSD conseguiu, através de dispositivos jurídicos, impedir a perda de mandato por infidelidade partidária, fato que impulsionou a debandada. As promessas de benesses, liberação de emendas, cargos políticos aos aliados e até mesmo a possibilidade de amparo na justiça eleitoral têm sido os grandes atrativos para os desembarques no novo partido.

 A direção do DEM se preparou para superar as perdas desde que ocorreram as primeiras baixas. Na opinião de seus principais dirigentes, o partido deverá reformular suas propostas para resistir à crise no período que antecede as eleições municipais. “Para nós, as baixas começaram a ocorrer em abril. Por isso, fizemos um plano de recuperação e já o colocamos em prática”, afirmou o presidente nacional do partido, senador Agripino Maia (RN), que manifestou preocupações com a situação enfrentada no Maranhão.

Além do diretório maranhense, o DEM fez intervenções em seis Estados. Como decisão imediata, tirou os aliados do PSD do prefeito Gilberto Kassab e pôs gente nova no lugar dos que foram banidos. “Foi uma forma de recuperar o terreno que estávamos perdendo”, justifica o líder do DEM na Câmara Federal, ACM Neto (BA). As contas feitas até agora pelos dirigentes do partido indicam a debandada de 19 congressistas do DEM para o PSD, somando os filiados de outros estados, entre senadores e deputados federais. Já aos tucanos, a bancada na Câmara dos Deputados perdeu apenas duas cadeiras.

  Publicado em: Governo

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