O mundo real em que vivemos não é bem o mundo que pensa ter à sua volta. É verdade que, do mesmo modo que a Lua possui um lado brilhante, este mundo real apresenta visões obscuras, criadas pela expansão e a evolução do homem, principalmente no pós-capitalismo. Pois, foi a partir do mundo moderno e da implantação do capitalismo que o homem passou a vislumbrar com maior intensidade as práticas maléficas para a sociedade, através de ações cruéis nas questões políticas, sociais e econômicas.
Além disso, o capital foi capaz de criar um novo mercado mundial, transformando nosso planeta numa aldeia global única, onde as leis que valem são as leis do modo de produção capitalista. A internacionalização ou globalização da economia força as fronteiras nacionais, massifica as comunicações e as informações, universaliza padrões de vida e de trabalho, gerando, com isso, o desconforto e o descalabro social, uma vez que vivemos em circunstancias diferentes.
Por outro lado, sempre será um alento que os horrores do socialismo sejam menores, em relação ao capitalismo, até que possam ser finalmente suprimidos pela elevação da humanidade a um novo patamar de cultura e de vida. Chegado este momento, poderemos pelo menos repor as utopias sobre bases reais. E relembrar as ilusões dos inocentes que, mal ou bem, foram as fontes em que se embeberam os sonhos dos justos. Sonhos que alimentaram as lutas por um mundo melhor e que continuam por concretizar-se. Por isso mesmo, o debate e o combate permanecem em aberto.
O ser humano não se importa com a falta de ações sociais e econômicas, que melhorariam a vida de milhões de pessoas. Observa-se que não há uma política justa, educativa e apropriada para a erradicação do trabalho infantil e a retirada de crianças e adolescentes da rua, cujo resultado é vermos nos sinais de transito pedindo esmola e praticando o furto, o uso de drogas e a prostituição.
Na economia não e visto um planejamento de políticas públicas para a geração de emprego e renda, a fim de propiciar uma melhor qualidade vida e o bem-estar da coletividade como um todo.
Não se pode perder a esperança, uma vez que é necessário mudanças radicais para vivermos dias melhores e, principalmente, reais.
Publicado em: Governo