Hoje (14), a Assembléia Legislativa encerrou seus trabalhos do primeiro semestre, com uma média baixa, em minha opinião. Tiveram apenas desempenhos excelentes aqueles que partiram para projetos isolados, que trouxeram visibilidade coerente e democrática a “Casa do Povo”.
Nos primeiros dois meses, o que se viu foi a disputa por posições, principalmente entre os dois blocos governistas, que aos poucos foram acertando as arestas de uma eleição tumultuada para composição da Mesa Diretora.
Veio à tona a “Pirotecnia”, que demorou em que as atividades da Casa pudessem enfim começar. Houve muita troca de farpas, que resultou em rusgas até hoje. Foram “exposições demasiada” das entranhas da AL, que levou o descontentamento de vários, inclusive com pedidos de CPI.
Entre os mortos e feridos, a oposição, mais precisamente o deputado Marcelo Tavares saiu ganhando com a disputa pela presidência da Casa. Com isso, vale ressaltar que na AL há muito dinheiro. E, muitas vezes, para ficar de bem com um deputado, o presidente concede certos benefícios. Esses benefícios não são ilegais, ou absurdos, mas não são regulamentados. E alguns deles podem acabar virando alvo de pirotecnia, como se viu no início da Legislatura.
Com a decisão, vieram as reclamações dos dois blocos governistas, enquanto que a oposição aproveitou esse período de desenlace para usar a tribuna e desferir acusações contra o governo, sem que tivesse um deputado para defender.
Com boas articulações do deputado Roberto Costa (PMDB) com o chamado bloquinho, as coisas começaram a tomar outro rumo, cujo resultado foi o surgimento daqueles que se destacaram realmente nesse primeiro semestre.
O blocão, liderado pelo deputado Stênio Resende ainda não se encontrou por completo, visto que o recesso começa com dois deputados que não o aceitam como líder, César Pires e Raimundo Cutrim, que já declararam independência nas votações.
As sessões ordinárias foram em sua maioria fracas. Debates idiotas e politiqueiros, que não trouxeram nenhuma vantagem para o povo maranhense. Resumiram-se a xingamentos de ambos os lados, sem que tivessem provas cabais sobre o que estavam falando. Nunca se viu tanta baixaria e despreparo para o exercício da democracia.
Por outro lado, a Mesa Diretora – talvez pela forma da eleição – procurou a diplomacia, coisa que levou o desrespeito ao regimento da Casa, principalmente no que tange o tempo destinado aos parlamentares usarem da palavra. Em outras ocasiões, duvidando das atitudes do presidente. Não se pode confundir democracia com baderna!!!
Outro ponto negativo foram as reuniões das comissões no plenário, principalmente a CCJ, para aprovar projetos e ao mesmo tempo seguir para votação em plenário.
Os destaques ficaram por conta de projetos audaciosos e da participação equilibrada de alguns deputados da tribuna.
Destaco os projetos dos deputados Jota Pinto (Frente Parlamentar em Defesa da Baixada Maranhense), que vem mostrando resultados surpreendentes, o projeto do deputado Alexandre Almeida (Frente Parlamentar contra o crack), que está sendo também uma causa do deputado federal Edivaldo Holanda Junior, a PEC do deputado Eduardo Braide (Fundo de Combate ao Câncer), e o da deputada Eliziane Gama (Frente Parlamentar em defesa da Criança e do Adolescente).
Os deputados que se destacaram pelo equilíbrio e na busca por um debate no campo das idéias, buscando sempre se pautar em argumentos ao menos empírico, foram: Bira do Pidaré, Alexandre Almeida, Eduardo Braide, Luciano Leitoa, Jota Pinto, Eliziane Gama, Valéria Macedo e André Fufuca.
Os que se destacaram em levar para tribuna discussões do interesse da coletividade: Carlinhos Amorim, Zé Carlos, Roberto Costa, Antônio Pereira, Neto Evangelista e Gardênia Castelo.
Deputados que se destacam em suas comissões: Dr. Pádua, Vianey Bringel e Leo Cunha.
Deputados Excelentes, porém não mostraram suas desenvolturas e capacidade parlamentar: César Pires, Raimundo Cutrim e o líder Stênio Resende.
O deputado Rubens Pereira Júnior continua sendo uma das promessas da política maranhense, porém continua apenas servindo de serviçal do seu grupo político.
A deputada Cleide Coutinho e os deputados Rigo Teles e Jorge Cafeteira, ficaram nesse primeiro semestre mais da defensiva, não entrando em polêmicas. O certo é que as vezes é melhor o silêncio!!!
Deputados que usaram o maior tempo de tribuna e não mostraram nada que se aproveitasse, apequenando o Legislativo maranhense com debates que não condizem com que o povo espera de seus representantes, servindo apenas de pauta (gozação) da mídia: Marcelo Tavares e Magno Bacelar. Ao menos esses debates idiotas serviram para melhorar o uso da palavra articulada pelo Nota 10. Vale ressaltar que denúncias feitas de forma raivosa, odiosa e rancorosa, leva a um ambiente carregado, merecendo, com isso, respostas na mesma medida, coisa que os deputados experientes Tatá Milhomem e Manoel Ribeiro sabem conduzir com maestria.
Os demais deputados… Muitos entraram calados e sairam mudos e aqueles que nem aparecem para marcar a presença.
Como se pode ver, a Assembléia Legislativa tem que voltar para esse segundo semestre com outra postura. Uma Mesa democrática, mas que faça valer sua autoridade. Debates no campo das idéias, pautados em documentações comprobatórias e não no disse me disse e resenhas de Diários Oficiais. Discussões propositivas e não politiqueiras. Melhorar o relacionamento, visto que é princípio fundamental na política a existência de adversários e não de inimigos, caso contrário seria melhor um ringue.
Portanto, que os 42 parlamentares reflitam suas atuações e procurem melhorar, pois até agora não mostraram ser os representantes do povo.
Publicado em: Governo
“… pois até agora não mostraram ser os representantes do povo.” conclui vc na sua opinião sobre a fraquisima atuação dos nossos parlamentares com assento na casa de bequimão. aproveitamos para acrescentar mais uma vez a injustificavel omissão da comissão de assuntos ambientais e de assuntos economicos, quanto o pedido de providencias protocolizados na alema em maio/2011 pleiteando o reparo a injustiça social perpetrada nos anos de 1980, resultando nas consequencias da brusca e inconsequente e insana paralização de uma promissora atividade de hortifrutigrajeiros, somados aos gravissimos danos ambientais e hidricos causados pela suspeitissima e indiscutivel questão que representa a expansão operacional da unidade da alcoa de são luis. será porque é comum essa multi contribuir para a reeleição de muitos politicos ? (frente comunitaria da gleba tibiri-pedrinhas, e outros)
Registro feito.