Hoje (03), li no jornal O Estado do Maranhão, a coluna do Sarney, cujo artigo fala do plano Cruzado, lançado em 28 de fevereiro de 1986. Lembrei que aproximadamente há três semanas estive conversando com o ex-presidente José Sarney, em seu gabinete no Senado, exatamente sobre o plano Cruzado.
Faço uma pausa sobre o assunto em questão, para dizer que uma das missões mais difíceis para um ser humano é ser Presidente da República, visto que suas decisões mexem com milhões de pessoas e que para agir é preciso coragem e determinação, principalmente no tange as perspectivas econômicas e sociais.
São heterodoxos os resultados econômicos, haja vista que essa sempre foi uma das dificuldades para estabilidade do capitalismo.
No futebol, existem aqueles que jogam para torcida, outros que jogam para o time e aqueles que passam despercebidos em campo. Assim é a missão de um presidente da República. O ex-presidente Itamar Franco é um exemplo daquele que passou despercebido em campo, mas foi fundamental para a vitória do time (teve a coragem de implantar e dar certo o plano real).
O ex-presidente José Sarney pode ser considerado como o jogador que jogou para o time. Primeiramente por ter como missão principal a redemocratização do país. Tarefa cumprida com a transmissão do cargo ao seu sucessor, a Constituição Brasileira de 1988, a abertura para os partidos políticos etc.
Mas voltemos ao Plano Cruzado. Na conversa com o presidente Sarney, tive a oportunidade de dizer-lhe que eu fui um dos que não acreditava naquele plano, mas quando abrir os olhos ainda tive a oportunidade de ir a Disbrave (revendedora da Volkswagen em Brasília) para adquirir um veículo 0 km, cujo resultado foi maravilhoso, pois das 36 prestações, as últimas 12 prestações ia apenas ao banco para registrar o pagamento de um centavo.
Lembro-me que em Brasília, mais precisamente no Valparaizo (entorno), a Encol, por intermédio da Caixa Econômica Federal, vendia casas (as mais bem valorizadas hoje no local) com prestações baixas, além de o comprador ficar seis meses sem pagar a primeira prestação e receber um valor corresponde hoje a R$ 6 mil para fazer as reformas que se fizessem necessárias. Eu perdi!!!
Por outro lado, meu irmão, que trabalhava na antiga Cobal, apostou no plano e se deu muito bem, pois hoje é dono de vários empreendimentos em Brasília, como escolas, lojas e investimentos imobiliários. Ele até hoje agradece o plano Cruzado.
Eu não esqueço quando o Omar Marczinski fechou um supermercado em Curitiba em nome do presidente José Sarney, pois o ex-presidente teria dito que todos os brasileiros eram fiscais e que podiam fechar qualquer estabelecimento comercial que não estivesse cumprindo com a deflação. A minha geração, que nasceu e viveu no regime militar não acreditava no que estava vendo, pois a democracia era algo desconhecido.
Uma das coisas que muitos desconhecem da confiabilidade do governo Sarney foi o seu partido (PMDB) ter elegido em novembro de 1986, 22 dos 23 governadores estaduais, além de 53,4% das cadeiras da Câmara Federal. Tudo por conta do Plano Cruzado. Essa marca ficará difícil de ser batida por outro presidente da República.
Todos na época sabiam que o Plano Cruzado precisava ser reestruturado, entre os meses de agosto e setembro, antes das eleições, como cansou de afirmar o ex-ministro da Fazenda, o já falecido Funaro. Contudo, os políticos precisavam do plano sem modificações, pois assim conseguiriam suas respectivas eleições facilmente. Talvez aí esteja o erro do presidente Sarney sobre o plano que deu nova vida ao povo brasileiro.
Agora, leio em sua coluna uma coisa que chama muito a atenção: “Paguei – e até hoje pago – um custo de feridas não cicatrizadas. Mas foi nossa decisão que, desdobrada nos planos Bresser e Verão, até o Real. Este já estava idealizado pelo ministro do Planejamento do meu governo, João Sayad. Mas eu não tinha condições políticas de fazê-lo. O presidente FHC contou que quando reuniu os economistas para construir um novo plano, eles disseram: “Já está pronto, é só implantá-lo”…
É… A verdadeira história virá um dia à tona… Mas uma coisa – para mim que vivi aquele momento – é certo afirmar que o plano Cruzado não deu certo pela ambição política dos que queriam vencer as eleições usando o plano que melhorou a vida dos brasileiros, como de fato aconteceu, e principalmente porque sua reformulação não foi feita no tempo estabelecido pelos economistas.
Publicado em: Governo
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