É estarrecedor a ignorância, ainda mais quando ela se avizinha da maldade. Li em vários blogs asneiras que vão de encontro à cultura maranhense.

Por isso, percebo que há possibilidade de o Maranhão ficar à deriva por mais tempo do que imagino.

Na verdade, os camaradas torcem para que tudo dê errado e, assim, o Maranhão não progrida, pois a ignorância supera toda e qualquer expectativa de renovação.

Vendo o sucesso da Liga do Bumba Meu Boi e seu arraial na Lagoa, os incautos agora dizem que as lideranças dessas brincadeiras estão ficando milionárias e que usam os brincantes de forma desonesta. Quanta hipocrisia e falta de conhecimento dos custos para bancar uma brincadeira como o Bumba Meu Boi.

Ao invés de falar baboseiras, visto que desconhece quanto custa às vestimentas, o transporte de mais de 150 brincantes, alimentação etc. não falariam tantas babaquices para preencher o ego de seus financiadores.

Esses camaradas deveriam era usar seus espaços para estimular a participação na iniciativa privada para bancar o folclore maranhense, pois ganham milhões com a vinda de turistas nesse período junino.

O grande problema é que a imbecilidade é o prato cheio para a ignorância, pois acham que apenas os governos do Estado e o municipal de São Luís devem arcar com todas as despesas.

Será que esses incautos acham que uma festa como essa não gera custos? Que os grupos não têm despesas? Sugiro que procurem melhores informações e saber como vivem de fato os líderes dessas brincadeiras e vejam se estão milionários de fato.   

Por sinal, isso seria um norte moral antes de escreverem apenas com o sentido de atacar sem consistência alguma.

Tornou-se senso comum dizer que “resistir é preciso” (Movimento Maranhão, parafraseando Camões). Eu costumo dizer que “desconfiar é preciso”. De tudo e de todos. Só confio em Deus. Mas para denunciar é preciso ter conhecimento de causa, caso contrário vira mais um factóide sem sentido.  

Desconfiar cegamente, não necessariamente revela sapiência e maturidade. Não pense que convencerá a todos por ignorância. Por sinal, tem um exemplo interessante sobre ignorar um determinado assunto na história do Dilúvio (não há nenhuma referência a Delúbio Soares nessa analogia). Tem gente que acha a história fictícia e mitológica. Não vou entrar nesse mérito agora.

Enfim, decidir não saber é uma atitude covarde. E como ditado popular famoso “Não sei. Não quero saber. E tenho raiva de quem sabe” revela muito dessa imbecilidade que se transforma em mais um factóide.

Em “Metal contra as nuvens”, Renato Russo “inspiradíssimo” cantava: “É a verdade o que o assombra. O descaso o que condena. A estupidez o que destrói…”. Que façam seus questionamentos críticos, coisa que é preciso para consolidação da democracia, mas façam com argumentos comprobatórios e não através de conversa de mesa de boteco.

Os factóides continuarão condenando os estúpidos à destruição…

  Publicado em: Governo