A língua portuguesa não é culta!!!

Publicado em   24/maio/2011
por  Caio Hostilio

O que mais chama a atenção nas discussões entre eruditos, parlamentares e intelectuais, sobre os erros gramaticais propositados num livro didático aprovado pelo MEC, é saber que nenhum deles fala uma língua erudita!!! Ora bolas!!! Todas as línguas neolatinas são derivadas do latim vulgar, ou seja, dos soldados romanos, dos mercadores etc., haja vista que o latim culto, polido e erudito, era restrito aos Imperadores, senadores e nos tribunais. Uma das coisas que mais chamou a atenção de Pilatos foi Jesus Cristo (um carpinteiro) ter falando com ele no latim culto, coisa exigida nos tribunais romanos.

 

 Então, quem garante que a língua portuguesa, que exigem tanto é realmente polida e culta, se ela é de origem do latim vulgar?

Segundo estudiosos, as primeiras palavras existem há 1 milhão de anos. E quase todas as línguas são derivadas do sânscrito. Cabendo outra pergunta: Alguém garante que derivaram do sânscrito erudito?

É impossível determinar quando e como a habilidade da fala foi desenvolvida, mas é lógico presumir que foi um processo longo de evolução.

É possível que as origens da fala humana continuem envolvidas em mistério até o fim dos tempos. Porém, as raízes e histórias das línguas individuais foram objeto de uma pesquisa bastante exaustiva nos os últimos 20 anos.

Após 500 d.C. – Surgiram as línguas românicas e germânicas. Ao longo da história, as línguas influenciaram-se mutuamente, haja vista que certas palavras se espalharam por meio de conquistas, impérios, comércio, religião, tecnologia ou, atualmente, a indústria global do entretenimento.

O inglês moderno, com seu vocabulário de aproximadamente 50% germânico e 50% românico, ocupa uma posição mediana entre as famílias de línguas do Oeste Europeu.

Assim como a evolução, o desenvolvimento da língua possui uma força inesgotável que os conservadores tentaram restringir para proteger a língua de mudanças.

No final do século XX, a língua inglesa está numa posição privilegiada para ser a “língua franca” num determinado momento. Pela primeira vez na história, uma língua universal é utilizada para finalidades práticas (pelos cientistas, pilotos e etc.). Para isto, há um sistema de comunicação em massa que dissemina o conhecimento da língua inglesa para uma audiência internacional via rádio, televisão e Internet.

Mas o curso da história demonstra que o inglês não permanecerá como última “língua franca” do mundo. Outras virão e irão. Também é correto pensar que o domínio do inglês depende mais da sua disseminação em maior escala do que ao número de falantes.

O desenvolvimento surpreendente de uma língua e a difusão das línguas indo-européias há aprox. 5000 anos, é algo que não ocorrerá novamente no nosso mundo fortemente interligado.

A saga da linguagem continua a se desenvolver e nunca cessará.

O inglês falado sofreu transformações decisivas (mutações consonânticas durante sua evolução. Atualmente possui um total de vinte e um fonemas vocálicos. A língua muda com o tempo e se diversifica no espaço em conseqüência de fatores sociais, políticos e culturais.

Alguém já percebeu o tão burocrático que é a nossa língua? Qual o motivo para a crase? O que ela muda no sentido da frase? Mau (adjetivo) e mal (advérbio), isso e isto, esse e este (pronomes demonstrativos), se a palavra é hiato ou ditongo, proparoxítonas ou oxítonas e dezenas de outras regras inúteis?

A pior delas, aquela que eu jamais vou encontrar uma explicação é a dos porquês. Qual o sentido de diferenciar o porque, por que, porquê e por quê? Para as perguntas, temos o ponto de interrogação. Não é necessário um por que de pergunta e um porque de resposta. E alguém me explica porque (por quê? Porquê? Aff!) diabos não se pode usar artigo antes das palavras casa e terra? Mas eu quero uma explicação justa, algo lógico e não raciocínio elitista, não pode porque não pode.

Pois acredito que a maioria das regras é apenas para elitizar a língua, fazer com que apenas uma parcela de pessoas saiba escrever corretamente, fomentar o preconceito. O Brasil já perde muito por ser o único país da América Latina que não fala Espanhol e ainda tem um português rigoroso e sem lógica. Ou alguém duvida que a língua seja uma barreira?

A existência de línguas cuja sintaxe tem sido estável durante muitos séculos levanta dúvidas a respeito da aceitação de teorias de mudança que atribuem à sintaxe qualquer instabilidade inerente, e os lingüistas diferem entre si a respeito da existência dessa instabilidade.

As línguas neolatinas, como o português, são algumas das que mais possuem flexões de verbos. Todas elas, bem como o latim, têm flexões em todos os tempos, modos e pessoas. O português, entretanto, tem a peculiaridade de ter um infinitov pessoal e um infinitvo impessoal..

Enquanto que nas línguas germânicas, quase sempre o infinitivo é representado por uma preposição: “to” em inglês. Sem a preposição, o verbo representa o imperativo.. O tempo futuro é sempre representado por um verbo auxiliar. Não há flexão de modo.

Por sua vez, as neolatinas o verbo se flexiona em tempo (presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), pessoa e voz (ativa e passiva). Há quatro formas nominais: o infinitivo, o gerúndio, o particípio e o supino. As três primeiras têm tempo presente, passado e futuro. O supino é invariável.

Portanto, a língua tem que evoluir tanto na articulada quanto na escrita, deixando de lado uma linguagem antiga de difícil assimilação, ou seja, na concepção do estruturalismo de Greimas, e saber evoluir a língua na pragmática de Dacron.

  Publicado em: Governo

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