Educação Infantil: JN traz assunto já discutido no blog Metendo o Bedelho

Publicado em   18/maio/2011
por  Caio Hostilio

No dia 10/02/2011, no blog Metendo o Bedelho (antigo), fiz um artigo sobre os agravantes e atenuantes da educação infantil, cujo resultado foi de repudia por aqueles que não conhecem educação em sua essência. Agora, o Jornal Nacional da Rede Globo, de hoje (18), traz o assunto em sua edição, onde educadores confirmam o que eu tinha dito. Diante de o assunto ter entrado em pauta, reedito o mesmo post e espero que a classe política maranhenses, principalmente, as Câmaras de Vereadores, a FAMEM, a Assembléia Legislativa e a Secretaria de Educação do Estado, passem a discutir com maior ênfase essa etapa primordial para formação educação do ser humano.

A EDUCAÇÃO INFANTIL E SEUS AGRAVANTES E ATENUANTES

Vi o programa o último programa “Fantástico” da rede Globo, quando da matéria sobre a falta de creches no Brasil. Também verifiquei diversas reportagens, além de comentários de políticos e outras pessoas, mas todas foram feitas dentro do empirismo e até baseado no senso comum, visto que todos se acham educadores e que conhecem o assunto em sua essência. O programa “Fantástico” abortou o assunto superficialmente, pois sua intenção não foi a de mostrar a necessidade da Educação Infantil, mas sim a falta de creches, que é uma etapa do ensino infantil, para as mães que trabalham.

Dias atrás tive uma conversa prolongada com o deputado Gastão Vieira sobre a responsabilidade do ensino infantil está sob a tutela das prefeituras, que não investem nessa etapa fundamental para o prosseguimento do estudante até chegar ao ensino superior. Gastão se sensibilizou e prometeu levar esse assunto ao Ministro da Educação.

Mas vamos ao que interessa. As pessoas pensam que crianças de 0 a 6 anos não aprendem, visto que só pensam em brincar!!! Lendo engano!!! A criança passa a estimular sua inteligência desde que nasce, por isso é necessário que passe a freqüentar uma creche ou escola desde cedo. É preciso entender das linhas pedagógicas, diferenciar construtivismo de escola tradicional, pois desconhecem as diretrizes educacionais de Vigotski, Jean Piaget, Maria Montessori, Rudolf Steiner, Paulo Freire e tantos outros estudiosos da educação como um todo.

A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo é um assunto que deve ser afirmado frente aos profissionais da Educação, observando a diferença, no 1º ano do Ensino fundamental, entre os alunos que cursaram e não cursaram a Educação Infantil; e esclarecendo de que maneira essa etapa da educação pode contribuir na formação cognitiva e social do homem. Essa etapa educacional apresenta elevado valor, uma vez que durante esse período da vida é formada a personalidade da criança, determinando fatores que influenciarão no adulto em que se tornará. Contudo, ainda não há considerável conhecimento e valorização dessa etapa de ensino; tornando-se necessária a divulgação de seus benefícios e sua significativa colaboração na melhoria da qualidade de vida.

Diante de fator, a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) errou ao incumbir essa etapa importante (ensino infantil) para a formação do cidadão as prefeituras. “Os Municípios – a Prefeitura – e o Distrito Federal são responsáveis pela Educação Infantil e, com prioridade, o Ensino Fundamental… As Prefeituras poderão firmar convênios com creches comunitárias e repassar recursos de acordo com o número de matrículas”, diz o artigo da LDB. Quanta irresponsabilidade!!!

É preciso que sejam formuladas ações para a formação continuada das educadoras e equipe gestora das creches e de escolas de ensino infantil. Com isso, verifica-se que os municípios brasileiros, em sua maioria esmagadora, não se preocupam no investimento com esse ensino, por isso é que vemos pessoas mal alfabetizadas sofrendo para interpretar um anunciado de uma prova, isso no ensino superior.

Na verdade, a educação infantil é a base e o pilar de sustentação de toda vida escolar. A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem; que “canta e encanta” a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias. Nessa etapa está a alfabetização, que falta faz!!!

Educação infantil pode ser mais importante do que o curso superior? Sim. É quando a criança experimenta o prazer pelo aprender e começa a gostar dela (ou não). A escola aguça a curiosidade da criança e diz a ela “olha que interessante é a vida!”.

Então, que os políticos, jornalistas, pais, educadores etc. não discutam o assunto apenas no empirismo, mas sim em sua essência. Para salvação da educação no Brasil, o governo Federal e o Congresso Nacional, tomem posição determinante para esse assunto, tendo a coragem de tirar essa responsabilidade das Prefeituras, que mal conseguem oferecer um ensino fundamental quantitativo.

  Publicado em: Governo

8 comentários para Educação Infantil: JN traz assunto já discutido no blog Metendo o Bedelho

  1. Wanda cristina Duailibe Ferreira disse:

    O Voluntariado de Obras Sociais – VOS tem uma creche no Maiobão que é modelo deveriam tambem mostrar o que é bem feito.

  2. Antonio Lima disse:

    Sabemos que historicamente educação nunca fez parte das preocupações das elites, coisa que tem havido uma pequena mudança nesses últimos anos, mais sem maiores interesses.
    Sabemos que grande parte das nossas mazelas reside exatamente nessa questão, pois, é com educação que o individuo muda a sua história e a sua condição social, e isto, pelo que se pode depreender não interessa aos governantes, mesmo com todas essas argumentações e discursos sobre a obrigatoriedade de o poder público municipal assumir o seu papel, que é o de oferecer serviços de qualidade para a sua população.
    Muito tem se falado sobre a tão propalada “municipalização” dos serviços, mais na prática, o que se assiste é esse festival de descaso dos prefeitos com aquilo que é da sua inteira responsabilidade que é o atendimento dos seus munícipes com serviços como os de educação e saúde, que como se sabe só existe no papel. A falta de compromisso, de responsabilidade e de interesse das autoridades em atacar essas mazelas é a grande causa desse estado de caos que é a nossa educação, e não se trata única e exclusivamente de negligência dos prefeitos, pois esse descaso é geral, em todos os três níveis de governos há essa falha gravíssima, que é a falta de vagas e de qualidade daquilo que é oferecido.
    Em minha opinião não há imperfeição na nossa legislação, o que falta é cada ente cumprir com aquilo que é da sua responsabilidade, assim como estar tão bem definido nas nossas leis. No meu pouco entendimento, acredito faltar fiscalização por parte dos órgãos competentes, que permitem que o dinheiro que é destinado para a educação das nossas crianças seja drenado para os ralos da corrupção, que é praticada por políticos inescrupulosos que não tem compromissos com o povo que representa. Este sim é um mal que todos nós devemos combater e extirpar do nosso meio, político corrupto deve ir para cadeia e devolver tudo o que foi tomado dos cofres públicos de forma a reparar o dano causado.
    Se o Governo Federal tem que assumir a saúde, a educação, a infraestrutura, a moradia, a segurança e todos os demais serviços que os municípios são obrigados a oferecerem aos seus cidadãos, então para que é mesmo que serve a administração municipal? Os prefeitos devem ser chamados às suas responsabilidades, e quando for o caso punido pela falta de providências em solucionar os problemas da sua comunidade.
    A municipalização dos serviços deve ser objeto de uma ampla discussão pela sociedade e, onde esses serviços não estejam sendo oferecidos na quantidade e com a qualidade desejada, que os responsáveis sejam identificados e punidos.
    O problema maior da nossa educação é a falta de seriedade com que a mesma é tratada pelos nossos governantes, que aplicam os recursos sem nenhum critério e invariavelmente visam somente justificar a prestação de contas para os órgãos fiscalizadores, que indiferentes não observam as condições, onde e como os recursos são aplicados.

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