Ontem (25), o requerimento que convoca a secretária de Educação Olga Simão foi aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa, com apoio de parlamentares governistas, que disseram que não entenderam, quando a verdade é que aprovaram porque estão com pedidos contrariados e usaram dessa artimanha politiqueira para chamar a atenção do governo, ou seja, a prática da hipocrisia e da politicalha.

Em minha opinião, a convocação de secretários de governo é uma prerrogativa do Legislativo. Sabe-se, também, que o requerente, deputado Marcelo Tavares e seus seguidores, não aprovavam um requerimento sequer de secretários e informações dos governos José Reinaldo e Jackson Lago. Coisa da politicalha!!!

Os secretários do governo Roseana já foram a Assembléia e mostraram conhecimento científico do assunto em questão e não deixaram que a politicalha tomasse conta com perguntas e questionamentos dentro do senso comum. Ricardo Murad e Aloísio Mendes já estiveram no Legislativo, onde não omitiram informações e mostraram os fatos reais dentro de documentos comprobatórios. Existe um ditado muito importante na administração: “Papel não Chora”!!!

Agora, o líder do governo, deputado Manoel Ribeiro, apresentou recurso, o qual foi lido na sessão de hoje, contestando os termos do requerimento convocando a Secretária Olga Simão. Segundo o Deputado Manoel Ribeiro, a referida convocação, que foi  aprovada pelo plenário,  não atende aos preceitos regimentais e constitucionais. Convenhamos que isso é um erro para justificar outro erro.

É duro admitir que falhamos, em qualquer profissão. Na política, especificamente, é um drama. Por mais que ouçam que assumir um erro faz parte do dia-a-dia e apenas engrandece quem assume o mea culpa, isso é conversa pra boi dormir. É duro, muito duro.  

Se for grande a falha então, pelo-amor-de-deus-nossa-senhora-jesus-maria-josé. O problema não é tanto a vergonha, os olhares de reprovação de nossos pares, as gozações da minoria, mas sim o medo da perda do controle da situação.

O certo é que erros vão acontecer, sempre, porque antes de serem políticos, são humanos, que lidam com outros humanos, as vezes mais hipócritas do que deviam.  Essa é uma certeza imutável da política.

Imagino o quão difícil seja para um político, ainda mais ocupando cargo público, assumir que seu grupo errou. Temendo as repercussões negativas, alguns negam até o osso.

Fico imaginando as conversas de bastidores: “Foi uma falha gravíssima, mas devemos recuperar. Nós somos a maioria e vamos encontrar um jeito para que a secretária não vá, doa a quem doer”. A gente sabe que, no final, vai doer sim, pois a oposição irá tirar proveito de uma atitude antidemocrática. E, mais do que isso, vão evidenciar que a ausência da secretária é porque o governo tem culpa no cartório.

O certo é que a oposição e a base governista usaram de modus operandi sem refletir a essência de suas atitudes. Convocar a Secretária de Educação, tudo bem, mas quem dentre os deputados ali, principalmente diante dos discursos politiqueiros e dentro do senso comum, saberá debater educação e suas deficiências em sua essência? Na verdade, a secretária Olga deveria ir e mostrar com fatos reais a situação da educação maranhense e brasileira, além de não se deixar cair na politicalha das raposas que querem apenas aproveitar a oportunidade para tirar vantagens politiqueiras.

Os governistas, por sua vez, devem aprender a comandar esse tipo de convocação, pois não é a maioria? Essa atitude que querem tomar, apenas vai reforçar que a secretária Olga está correndo da Assembléia como o diabo foge da cruz.

O sentimento que ficará na população é a de que estar sendo enganada. Esse raciocínio de que os danos passam, já não colam mais.

Enfim, errar é humano, já dizia o velho ditado. Dar uma de desentendido e jogar a culpa na desatenção e procurar erros em terceiros é coisa de político.

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