I – Sarney e a direção do jornal Folha de São Paulo
Em sessão solene na Câmara, solicitada pelo deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), a Folha de S. Paulo foi homenageada pelos seus 90 anos completados no sábado passado. Ao final do evento, a comitiva que representou o jornal dirigiu-se à Presidência do Senado onde foi recebida pelo senador José Sarney. Representando a direção da Folha, estiveram presentes: Maria Cristina Frias, Sérgio Dávila, Fernando Rodrigues, Melchiades Filho, Valdo Cruz e Eliane Cantanhêde.
Comentário do blog: Que essa atitude de José Sarney sirva de exemplo aos políticos que não aceitam o questionamento crítico, mesmo que faccioso, da mídia. O Jornal Folha de São Paulo é um dos mais fervorosos críticos do ex-presidente José Sarney. Contudo, Sarney mostra grandeza e respeito ao direito de expressão. José Sarney sabe que existem equívocos e factóides, porém sabe analisar e absorver tais críticas, buscando a reflexão e os objetivos de seus críticos. Aí está o porquê dos grandões da Folha de São Paulo não deixar de ir até o homem que retomou a democracia no Brasil
II – Sarney e os pontos de consenso para elaboração da proposta de reforma política
Com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente Sarney instalou nesta manhã a Comissão Especial da Reforma Política. Ao seu lado também estavam o presidente da Câmara, Marco Maia; o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Antonio Dias Toffoli. Formada por 15 senadores, a comissão será presidida por Francisco Dornelles (PP-RJ). José Sarney argumentou que o projeto de reforma política deve-se limitar aos temas sobre os quais haja o mínimo de consenso, para que seja concluído ainda este ano. “É necessário se concentrar nas decisões e não nos debates puramente teóricos”, disse Sarney. Ele destacou a importância do prazo de 45 dias que a comissão conta para a elaboração do novo texto. Na opinião do senador, atualmente toda a sociedade participa de alguma forma, pela Internet ou pela imprensa, na discussão da reforma política. Ressaltou que “mesmo as pessoas que se mostram céticas quanto à realização ou não da reforma política participam no debate desse tema que é o mais importante no Brasil hoje”.
Comentário do blog:
Sarney e sua perspicácia, astúcia e inteligência, para conduzir a política pelo consenso e respeito a todos os parlamentares e partidos. Veja a formação da Comissão Especial para Reforma Política: Francisco Dornelles (PP-RJ), os ex-presidentes Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL), Aécio Neves (PSDB-MG), Demóstenes Torres (DEM-GO), Roberto Requião (PMDB-PR), Luiz Henrique (PMDB-SC), Wellington Dias (PT-PI), Jorge Viana (PT-AC), Pedro Taques (PDT-MT), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Eduardo Braga (PMDB-AM), Ana Rita Esgário (PT-ES); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lúcia Vânia (PSDB-GO). Sarney defendeu, ainda, uma ampla frente parlamentar mista para que os debates tenham grande participação popular. No Senado a frente já tem a adesão de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), José Pimentel (PT-CE); das senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Marinor Brito (PSOL-PA).
Publicado em: Governo
Pra quem foi gestado nos berços da ditadura, Sarney não fez mais do que sua obrigação:
deu uma puxadinha no saco do jornal porta-voz dos militares… Menos, muito menos. Quase nada, por favor.
Nada disso me surpreende vindo dessa raposa velha!!!!!!
Ele certamente deve ser adepto do dito popular “se não pode com seu inimigo, junte-se a ele” ele bem sabe, que de nada adiante ir de encontro a imprensa, logo ele que sabe o poder que ela tem, a exemplo do Maranhão.