Falei aqui que não se brinca com profissionais!!! Eleições no Congresso reforçam peso do PMDB no segundo mandato

Publicado em   02/fev/2015
por  Caio Hostilio

Por diversas vezes disse aqui nesse blog que o único partido profissional no Brasil era o PMDB e muitos até acharam graça, principalmente quando postei no dia 11/02/2013, “Não se brinca com profissionais!!! Em entrevista, Eduardo Cunha diz que PMDB assumirá uma nova postura”, onde falei entre outras coisas: Deputado diz que priorizará a bancada em detrimento do governo, faz alertas ao Planalto e avisa: a sigla não aceita perder espaço em 2014. Eu disse aqui que o PMDB é o partido mais profissional do Brasil e que Eduardo Campos e uma parte pequena do PT foram cutucar onça com vara curta!!! A resposta veio com a escolha do líder do PMDB na Câmara. Os afoitos daqui acham sabem muito e terminam comendo mosca… Agora observem essa análise da Cristina Lôbo, G1:

pmdbeoutrosA eleição de Eduardo Cunha e Renan Calheiros para as presidências da Câmara e do Senado reafirma a importância do PMDB como parceiro na aliança governista. Se a articulação política do Palácio do Planalto pensou em algum momento em dividir a importância do PMDB com outros aliados, como o PSD de Gilberto Kassab e o PROS de Cid Gomes, agora vai ter de se curvar ao partido dos profissionais. O PMDB se afirma no Legislativo para cobrar sua força no Executivo.

O governo perdeu feio na Câmara. E a derrota da noite foi esboçada no começo da tarde quando o PMDB de Eduardo Cunha conseguiu formar um bloco de atuação na Câmara mais robusto do que o governista. O resultado não poderia ser pior para o PT: o partido ficou sem qualquer representação na Mesa da Câmara e perderá também o comando de comissões importantes. Isso vai obrigar o Palácio do Planalto a negociar mais e ceder mais aos partidos que optaram pela companhia de Eduardo Cunha. O Presidente da Câmara, vale lembrar, elabora a pauta dos trabalhos e tem também o poder de abrir processo contra o presidente da República e Ministros de Estado.

Foi quando percebeu a derrota iminente na Câmara que o governo abriu os olhos para o Senado. De última hora, o governo pressionou petistas que acabaram votando maciçamente em Renan Calheiros. Se há problemas na convivência com Renan, estes problemas já são conhecidos. E o presidente do Senado já demonstrou que é capaz de bancar acordos com o Palácio do Planalto. Assim, pode ser um contraponto ao que possa vir da Câmara com Eduardo Cunha.

Renan Calheiros passou um forte calor ao longo do domingo, mas, ao final, venceu com o apoio do PT. Ele não reconhece a dívida com o PT nem com o governo. O Planalto espera dele momentos de gratidão neste início de ano legislativo. Ele está em fase de observação. Já mostrou que é bom amigo, mas também é bom de briga.

 A força de um ou de outro será confirmada com os passos seguintes da Operação Lava-Jato.

  Publicado em: Governo

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