Uma merecida e honrosa homenagem com Medalha Manuel Beckman ao ilustre José Sarney…

Publicado em   19/jun/2024
por  Caio Hostilio

Esse blog não poderia se furtar em mais uma vez homenagear um homem que merece todo respeito e afago, por isso deixo, entre muitas, duas matérias abaixo que relatam os verdadeiros sentimentos do blog.

José Sarney representou o “Novo e a Mudança”, publicada em 30 de março de 2013.

sarney2012[1]

Pode espernear, descabelar e até se rasgar, mas apenas José Sarney, quando governou o Maranhão, gerou perspectivas e não decepcionou o povo, isso desde que se candidatou ao governo do Estado.

Mas o que fez Sarney para não decepcionar e trazer de fato as perspectivas que o povo esperava?

A humildade, a determinação, o empenho e, principalmente, uma equipe pensante, fato esse que Sarney nunca negou.

Sarney nunca se colocou como um “deus”, pois tinha consciência que era preciso uma equipe que pensasse, tanto intelectualmente quanto tecnicamente. Citar nomes? Basta se lembrar da visão de Bandeira Tribuzi.

Sarney e sua equipe conseguiram transformar o Maranhão, cujos resultados em poucos anos podem ser considerados como os de melhor índice crescimento, a comparar com os demais estados brasileiros naquela época.

Essa equipe conseguiu ligar o Maranhão com o resto do país, isso com a BR 135 e estradas estaduais.

Não sei se eles visaram o Itaqui como um dos portos mais bem localizado no Brasil numa estratégia logística, olhando para o mercado internacional. O certo é que esse Porto, hoje, logisticamente é o que dar condições para indústria e a agropecuária de disputar no mercado internacional com preços compensadores, ainda mais com a ferrovia Norte/Sul. Essas duas obras é sem sombra de dúvida o maior legado deixado por um governante desse Estado.

Trouxe a Universidade Federal do Maranhão e criou a UEMA, além do programa João de Barro para educação básica.

Idealizaram a mobilidade urbana de São Luís, com o Anel Viário, além da Barragem do Bacanga e a ponte do São Francisco, obras essas que abriram as portas para o desenvolvimento imobiliário.

Foram diversas realização de Sarney e sua equipe. Eles tinham um planejamento detalhado, com uma organização que pudesse fluir os objetivos.

Como não citar Juscelino Kubitschek e sua equipe? Basta saber que nessa equipe figuraram Bernardo Sayão e Oscar Niemeyer, tanto quando governou Minas Gerais e quando presidiu o Brasil. Juscelino, assim como Sarney, sempre falava de sua equipe e que sem ela não poderia ter construido Brasilia.

Por isso, Sarney foi quem de fato trouxe um modelo novo e de mudança para o Maranhão quando esteve no Palácio dos Leões.

José Sarney: Uma lição de vida política e intelectual…, publicada em 29 de junho de 2014.

Tive pouquíssimos momentos pessoalmente com o ex-presidente José Sarney, mas foram momentos agradáveis e de grande oportunidade para minha aprendizagem de vida, isso no sentido mais restrito de gentileza, diplomacia, simplicidade e, principalmente, do seu apego a fé em Deus.

Numa dessas oportunidades eu escrevi o artigo “Sarney: um equilibrista social e político”, quando pude observar todas essas qualidades acima acentuadas no caráter do ex-presidente da república.

Falei ao presidente do Senado na época, José Sarney, em seu gabinete, que depois de ler sua biografia cheguei à conclusão que ele foi um equilibrista na política por diversos momentos, mesmo passando por variações da juventude e a conjuntura maquiavélica que a política traz, ele é um homem de sorte, com certeza pela religiosidade que o acompanha.

“Presidente, sua passagem pelos governos de Costa Silva, Médici e Geisel foram terríveis, porém o senhor soube com maestria e diplomacia se sustentar na política. As armadilhas foram muitas. Não sei se outro político agüentaria”, falei a Sarney.

Sobre o seu governo na Presidência da República, falei ao senador que na época eu era funcionário do Hospital Sarah em Brasília, que sempre teve excelentes salários e que fui à loja Arapuã, no Venâncio 2000, para comprar um videocassete e que o gerente disse-me: “aproveite e compre mais coisas, pois o programa econômico será muito bom”. Na época vivíamos numa inflação grande e alguns, como eu desconfiava, então não comprei mais nada. Com o Plano Cruzado no apogeu, vi que tinha marcado bobeira e fui rapidamente a Disbrave, na W3 Norte e comprei um Passat TS (Zero) e que as últimas prestações apenas ia ao banco registrar Cz$ 0,01 e que tinha deixado de comprar uma Casa no Valparaizo, cuja negociação era simplesmente fantástica, ou seja, comprava a Casa, ficava seis meses sem pagar e ainda recebia Cz$ 6 mil da construtora. Hoje são as casas mais valorizadas do local. Quanta bobeira marquei, contudo foi o melhor momento econômico que eu vi no Brasil

Sarney, com toda sua simplicidade, disse: “Quem soube viver os momentos áureos do Plano Cruzados estão todos bem. Ele é visto diferente por pessoas que tem hoje 30 a 35 anos, pois eram crianças é não podem mensurar. Mas até hoje muitas pessoas me agradecem por aquele período”, respondeu Sarney.

Meu irmão pensou diferente de mim, pois soube aproveitar o período áureo do Plano Cruzado e investiu. Hoje, é dono do maior colégio do Valparaizo, tem chácara e vários outros imóveis.

Sarney com sua formação cristã soube transformá-la numa filosofia de vida, levando-o, com isso, a mensurar os momentos bons e ruins de sua vida política e intelectual. Sarney é um homem lúcido e um exemplo do seu tempo.

A sua vida está engajada com o mundo. Sarney segue a sentença imposta pela lei do Sinai. Sarney continua a viver para seu próprio prazer, com a diferença de que até hoje é um homem que trabalha mais de 15 horas por dia e ainda se deleita com a política e a intelectualidade, isso aos 81 anos. É um homem do seu tempo. A tônica de sua vida continua o prazer – um prazer num nível mais elevado e intelectualizado.

É um homem que sabe viver com os contrastes e as similaridades. Faz questão de mostrar que não faz exigências e demandas desconfortáveis, ao contrário, oferece o que o mundo dá, apenas num nível superior. Os glamoures do mundo são substituídos pelos seus pensamentos democráticos.

Logo depois escrevi “Sarney? E quem não é?”. Escrevi esse artigo para mostrar o quanto os politiqueiros maranhenses vivem e são eleitos usando sempre o nome do senador José Sarney… Mas para por fim: De que eu, tu, ele, nós, vós eles somos todos Sarney, escrevi um texto, no 06 de fevereiro de 2011, postado no meu antigo blog “A arte de fazer política não é para todos – SARNEY E SEUS 56 ANOS DE VIDA PÚBLICA”, leiam e tirem suas conclusões:

Não poderia deixar de dizer, primeiramente, que existem os que amam e os que odeiam José Sarney, mas uma coisa é clara, todos o admiram e fazem questão de contemplar sua inteligência na arte de fazer política. Antes que comecem a ler o que está abaixo, faça uma reflexão ao se perguntar: Por que eu amo? Por que eu odeio? Por que tanto os que amam quanto os que odeiam admiram? Os homens odeiam um ao outro pelo amor ao dinheiro, ganância e cobiça, ambição pessoal e desejo de poder, inveja e vingança. Também não é muito difícil para o homem se enganar a si mesmo, e descobrir uma causa que justifique o seu ódio.

Início, falando como tudo começou na vida política vitoriosa de José Sarney. De líder estudantil a deputado, governador, senador, presidente da república e quatro vezes presidente do Senado, esses foram os 56 anos de vida pública de José Sarney, hoje com 80 anos.

José Sarney, com seus 80 anos, dividiu o seu tempo em dois campos opostos, uma parte na vida política e a outra voltada para vida intelectual, chegando ao topo nas suas duas escolhas. Na política chegou a Presidência da República e na intelectual alcançou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Pode-se afirmar que ele é um homem realizado em suas empreitadas que o destino o ofereceu com a benção de Deus.

Além de membro da Academia Brasileira de Letras, Sarney é membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Maranhense de Letras, da Academia Brasiliense de Letras, da Academia das Ciências de Lisboa e Membro do InterAction Council (Chefes de Estado e de Governo). Ele é condecorado com a Medalha Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, Medalha José Bonifácio. É Grão-Mestre e tem Grã-Cruz ou o Grão-Colar das seguintes ordens: Ordem Nacional do Mérito, Ordem do Rio Branco, Ordem do Mérito Judiciário, Ordem do Cruzeiro do Sul, Ordem da Legião de Honra (França), Ordem de Sant’lago da Espanha (Portugal).

Tudo indica, para ele, a arte na política está pautada no bom diálogo, no saber ouvir, na elegância e na diplomacia, princípios esses, que o fez um dos homens mais importantes da Republica, pois lhe coube a tarefa da redemocratização do Brasil e, ainda, lhe cabe a consolidação completa da democracia brasileira, mesmo com seus 80 anos de vida, ao ser reeleito presidente do Senado pela quarta vez.

A Política assim maiúscula deve ser ação, não mero discurso. Aves raras são os políticos que alcançam essas alturas.

José Sarney tem dois trunfos que os levou a ficar no topo da política por 56 anos: o otimismo e paixão, que aparecem como notas dominantes em cada uma das suas reflexões. Mas, o seu humor? O humor é a própria razão dos ingredientes seguros de sua longevidade na vida pública. Quantos aos 81 anos de idade – que se completarão nesse ano de 2011, não parece abalar o homem que nasceu com o dom da arte de fazer política, com firmeza e exuberância.

Por sua competência e maestria na arte da política, ele sempre esteve no topo das principais decisões políticas brasileiras dos últimos 30 anos. Por isso, Sarney se tornou um homem invejado e perseguido por muitos. Com isso, eu vejo e ouço muitos articulistas políticos brasileiros e parte da mídia com mil pedras nas mãos apedrejando José Sarney. O interessante é que quanto mais o apedrejam com histórias mirabolantes e fictícias, Sarney aumenta seu prestígio e respeito no meio político e para aqueles que o amam.

Neste sentido, observa-se que a questão dos que odeiam José Sarney é vista no âmbito do senso comum, sem que seja feita uma análise suscita e histórica. Na verdade, esse sentimento de ódio, porém recheado de inveja e ao mesmo tempo de admiração, foi condicionado nos que odeiam pelos discursos e matérias contrárias, do cotidiano dos que não aceitam a maestria de Sarney na política. Daí fica constituído a partir de elementos culturais, sociais, subjetivos e historicamente indefinidos, esse ódio ao ex-presidente José Sarney. Todavia, vale ressaltar que na esfera do cotidiano no âmbito político, adentramos quase que imediatamente na representatividade que a multidão exerce na varias interpretações que se cria em torno daquele que conseguiu bater todos os recordes, até a do patrono do Senado, o saudoso Ruy Barbosa.

Para terminar com 60 anos de vida pública, visto que ainda tem quatro anos de mandato, José Sarney mostra mais uma vez como se deve fazer política com arte e perspicácia. Ele se reelegeu para presidir o Senado por mais dois anos, com 70 votos a favor dos 81 senadores, cujo consenso ficou claro entre governo e oposição em torno de seu nome.

É certo afirmar que o ex-presidente José Sarney, por mais que seus adversários “invejosos” não aceitem sua brilhante vida política de 56 anos, que findará aos 60 anos, vai terminar com ele vitorioso e no topo das principais decisões do país.

E, ainda, aos 80 anos, depois de tudo que criou de bom para o povo brasileiro como presidente da república – cito apenas cinco que conseguir vivenciar mais de perto: a redemocratização do Brasil, a promulgação da Constituição de 1988 (conhecida como Constituição Cidadã), o salário desemprego, o MERCOSUL, o único presidente da republica a eleger mais de 20 governadores e a rede de hospitais Sarah, e como presidente do Senado, revolucionou a Casa, quando criou o PRODASEN, a TV e a Rádio Senado, além de seus projetos aprovados de grande importância para o povo brasileiro; José Sarney pretende deixar, ainda, a Reforma Política, Jurídica e Fiscal.

Outro fator que chama a atenção de muitos – tanto para os que amam quanto para os odeiam José Sarney – são os seus índices de aprovação: o de popularidade como presidente da República, principalmente no início do Plano Cruzado, e na geração de emprego, que só são menores que os índices do ex-presidente Lula.

Por fim, só me resta deixar um pensamento de Platão sobre a ciência política: “… Tem como tarefa unir, combatendo a separação, cultivar a prudência e a moderação contra a exacerbação, e manter o enérgico contra o claudicante, colocando cada grupo no exercício de sua função e harmonizando todo o corpo da sociedade. A ciência política é, portanto, arte de domínio exclusivo do estadista filósofo”.

  Publicado em: Política

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