Hoje (21), o deputado Rubens Junior (PcdoB) usou da tribuna da Assembléia Legislativa para falar do resultado do IDEB. O parlamentar trouxe parâmentros que poderiam se chegar a um debate mais produtivo e, assim, chegar em fatores que possam de fato traduzir em mudanças educacionais.
Contudo, verifica-se que o debate ainda está longe de chegar nos fatores que levam a
educação brasileira ainda oferecer apenas uma educação quantitativa e não qualitativa.
Esse debate não pode ser politiqueiro, mas sim educacional, coisa que fica a quem da
realidade, visto que a bancada de parlamentares mostram desconhecimento educacionais.
Muitos politiqueiros falam asneiras sobre os índices péssimos educacionais sem ter o mínimo de conhecimento de causa para debater sobre as causas e os verdadeiros fatos que levam os ensino/aprendizagem nesse país patinar nos índices quantitativos e não litativos. Simplesmente usam das politicalhas e jogam as responsabilidades em fulano ou em cicrano, sem que se pare para debater e ver o quanto os gestores, principalmente os
municipais, não cumprem com suas obrigações, de acordo com a LDB 9394/96, com o
ensino infantil e o ensino fundamental.
Sem essa base educacional (princialmente a alfabetização – ensino infantil) e o ensino fundamental, o corpo discente fica desprovido de conhecimentos que possam levá-lo a ter uma progressão no ensino médio e no superior… Os índices estão aí!!!
O debate não pode se restringir apenas a formação continuada do corpo docente e até na melhoria do seu salário, sem que primeiro não se defina a linha pedagógica a ser adotada nesse país. A educação brasileira ainda segue a imposição do “tecnicismo” da Lei 5692/71, imposta pela didatura militar, com avaliações objetivas (resposta do professor) tirando o
questionamento crítico do aluno e aulas expositivas e não dialogadas.
No dia 17 de julho 2012, postei aqui “Afinal, por que a educação não obtém qualidade?”, onde início questionando: Seria por falta de recursos? Não!!! Por falta de
planejamento estratégico e melhores definições de ensino/aprendizagem? Com certeza!!! Principalmente com definições de linhas pedagógicas adequadas e cobranças “in loco” das responsabilidades pelas etapas educacionais. A educação no Brasil é mal debatida e quando levam para o lado político é que a coisa se transforma numa tremenda bagunça.
Falei que a A LDB 9394/96 foi idealizada dentro de um parâmetro municipalista, cuja responsabilidade pelos principais anos da formação educacional de cidadão ficou município. A Educação Infantil, que tem sob sua tutela a Alfabetização – o aluno mal alfabetizado sobre as conseqüências até no nível superior -, e o Ensino Fundamental, que vai da 1ª a 8ª série.
No entanto, essa mesma LDB não se preocupou em dirimir qual linha pedagógica seria adotada no país e nem tampouco as condições que seriam dadas para formação qualificada e continuada ao corpo docente aos municípios brasileiros.
Por outro lado, as universidades não estimulam e divulgam os cursos de licenciatura, principalmente em química, biologia, física, matemática, história, geografia e até letras (língua portuguesa). Com isso, a deficiência de professores nos municípios e até nas capitais é muito grande.
Quando será que passarão a debater os problemas – que não são somente do Maranhão, mas dos demais estados – dentro dos parâmentros científicos?
Publicado em: Governo