Nunca ouvi uma história mais estapafúrdia como essa da fraude do Uniceuma… Vejo que a policia já prendeu os dois “principais” acusados de comandar a fraude de notas da Universidade: Heitor Araújo Gomes (Guru) e Leônidas Gabriel Ferreira Azevedo.
Segundo informações, é que o esperto Leônidas é estudante de Informática e que teria conseguido a senha de um dos chefes para acessar o sistema e fazer as mudanças das notas.
Esses dois camaradas podiam até fazer mudanças em notas, mas quando se chegou a dizer que diversos alunos chegaram a colar grau, a coisa muda de figura, haja vista que para chegar até aí o discente terá que percorrer caminhos que o setor de informática não tem como mudar nada.
Nesse momento passa por rotinas e fluxos que envolvem o departamento de conclusão de curso e o departamento do curso, cuja relação dos formandos é constante de todas as listas, principalmente a que vai para o MEC. Com isso, passa por um crivo. O corpo docente tem acesso à lista dos formandos e será que ele não sabe quais alunos não passaram em suas respectivas cadeiras? Isso não existe!!! Mesmo o discente não fazendo parte da festa de formatura.
Se tudo isso aconteceu apenas com a participação desses dois “craques”, fica caracterizado que o UNICEUMA é mal administrado, seus departamentos de cursos não trabalham em consonância com o departamento de conclusão de curso, além de toda a responsabilidade está sob o setor de informática, sem que sejam analisados os diários de classe. Caramba!!! O desvio dos “craques” foi de R$ 1 milhão e ninguém desconfiou!!!
Portanto, fraudar notas no sistema de informática é uma coisa até concebível por essa rapaziada, mas quando se trata de conclusão de curso e diplomação, a coisa muda de rumo!!!
Então, que o reitor do UNICEUMA venha de público dizer que a Universidade é mal administrada e que por isso esses dois se aproveitaram dessa ineficiência para fazer tudo isso!!!
Publicado em: Governo
Concordo em parte com o raciocínio pelo seguinte fato: Se a informática veio para facilitar a compilação de dados, se o sistema era considerado confiável, será que seria mesmo necessário analisar todos os diários de classe dos futuros formandos só para confirmar o que estava digitado e compilado no sistema?
Pra que? O sistema está lá pra isso, para que não seja feito um retrabalho.
Imaginem se todas as instituições de nível superior tivessem que revisar nota por nota de todos os alunos aptos para a formatura através de diários de classe, quanto tempo levaria?
Esse procedimento seria correto se já houvesse uma desconfiança nos dados inseridos no sistema do UNICEUMA, o que me parece, não é o caso.
Além disso, mesmo que algum aluno formado naquela instituição tenha mesmo, em algum momento, utilizado-se da fraude para obter aprovação em alguma cadeira do curso, acredito que daí pra frente, todo seu desempenho estaria maculado. E, se esse aluno utilizou uma vez essa fraude, por que não utilizaria de novo, já que seria mais fácil pagar do que se matar de estudar?
É de se notar que, a coordenação do UNICEUMA, ao que parece, não sabia do esquema de fraude utilizado por alguns espertos, então, para a conclusão e diplomação o que vale é o que está inserido no histórico escolar do aluno dentro do sistema utilizado por eles.
Não vejo relação entre uma coisa e outra porque, repetindo, a instituição não tinha nenhum motivo para desconfiar dos dados inseridos no sistema. Por isso a relação de formandos era enviada normalmente para os setores competentes por acreditarem ser verdadeiras as informações.
Meu caro, não senhor… O fluxo não é esse… Cada departamento de curso tem seus controles e o corpo docente conhece o andamento do corpo discente… Quando o aluno chega a conclusão do curso ele é encaminhado ao departamento de conclusão de curso, que lhe pedirá um trabalho de conclusão, isso no caso do Ceuma, numa Universidade Federal é uma Monografia, que será defendida perante uma banca lavendo nota… Nessa hora existe a relação de formandos, que passa pelo chefe do departamento do curso e por vários professores, eles sabem quem são aqueles que não poderiam fazer parte daquela lista, que não é tão grande como você está dizendo… Vou lhe dá um exemplo claro… em 1996 o ceuma já era informatizado e as notas eram tiradas nos terminais, procure o professor Ramiro Azevedo e pergunte a ele quem eram os alunos que não passaram em suas matérias…. Faça isso com a Vânia e tantos outros… Não confunda alhos com bugalhos… A maquina está ali para auxiliar na administração do ensino, mas quando se trata de conclusão de curso, isso muda meu caro, pois a responsabilidade é redobrada e para um departamento de curso fazer uma averiguação não leva nem meio dia para saber quem são aqueles não poderiam está na lista dos formandos…
[…] minha matéria “Diante das informações: Dez para Guru e Leônidas, Zero para o Uniceuma!!!”, qual você reproduziu no seu email. Eu digo que se o caso se restringisse apenas a mudanças de […]