Em 2013, estive na Grécia e pude ver “in loco” em Atenas a falência daquele país. Após verificar a situação econômico/financeira da Grécia, ao retornar, fiz um artigo sobre a situação, cujo pedido partiu do meu guia turístico naquele país. No artigo eu falei sobre o abandono do Euro pela Grécia. Agora, vejo que haverá um plebiscito para que os gregos digam se querem que o país abandone o Euro, porém a pressão é grande demais dos países dominadores para que a Grécia continue refém desse modelo cruel financeiro. Abaixo, o artigo:

Grécia: Um país falido… Causa pena!!!

Estou em Atenas, capital da Grécia, onde causa tristeza ver uma das cidades mais antigas do mundo, cheia de histórias e de um povo hospitaleiro, viver uma falência coletiva por decorrência do famigerado “Euro”, que apenas serviu para que os países de língua latina e a grega fossem a sustentação de uma moeda que se superou nos países de língua germânica.

Eu já vivi diversas crises no Brasil, porém a que estou vendo na Espanha, Portugal, França e, principalmente, na Grécia, nunca cheguei a ver, haja vista que é devastador o desemprego, a falência, a miséria e a falta de perspectivas. Em minha opinião esses países deveriam deixar a zona do euro, caso queiram sair da falência total.

Ao inverso da Turquia, que preferiu manter sua moeda (valor equivalente ao real), cujo resultado é de crescimento e desenvolvimento, a Grécia vive um caos total em todos os seguimentos econômicos e sociais.

Por outro lado, verifica-se que a população grega não quer mais fazer parte da zona do euro, porém o governo grego continua se rendendo aos caprichos dos economistas dos países germânicos, visto que a saída da Grécia da Zona do Euro causaria um nervosismo sem precedentes para as finanças internacionais.

A informação foi negada por Atenas, mas, de qualquer forma, dá o tom de nervosismo que toma conta das finanças internacionais.

Enquanto o governo grego continua a alimentar os desejos da Alemanha, Inglaterra e os demais países germânicos, dos 11 milhões trabalhadores gregos apenas 6 milhões estão empregados, isso com acordos que diminuem seus salários. São 5milhões desempregados. O reflexo da quantidade de empreendimentos que fecharam suas portas.

Desses desempregados, vários já se tornaram moradores de rua e outros passaram a ser pedintes. O neoliberalismo é nojento!!! É como já disse em diversos artigos: “O neoliberalismo trabalha apenas com 1/3 da população, sobrando para o restante a tentativa de entrar nesse seleto grupo ou assumir de vez a miserabilidade.

As lojas que continuam abertas ficam a maior parte do tempo completamente vazias, onde vemos seus donos com terços fazendo suas orações.

É certo afirmar que a Grécia tem uma balança comercial deficitária, pois não exporta, visto que não tem produção agrícola e indústria, mas essa não seria a desculpa para que o país estivesse vivendo o descalabro total. A Grécia sempre foi um país voltado para indústria turística, cujo comércio e os serviços são maiores empregadores, mas suas portas estão fechando a cada dia.

Os preços no País estão controlados e muitos comerciantes passaram a vender seus produtos a preço baixíssimos, visando compensar ao menos o pão de cada dia. Para se ter uma idéia, compra-se um litro de água mineral, isso nas bancas de revistas, pelo valor de 0,25 euros. Convertendo para o real, o valor ficaria aproximadamente R$ 0,70. Agora, digam-me aonde no Brasil se compra um litro de água mineral por setenta centavos?

Os comerciantes não conseguem manter os preços baixos, com isso passam primeiramente a demitir seus funcionários e depois fecham as portas.

Por isso, reafirmo um dito popular econômico, cujo resultado é sempre ruim para todos: “O homem come galinha e galinha come minhoca!!!

Livram-se desse euro o mais rápido possível, prezados gregos…

  Publicado em: Governo