As artimanhas da política. Não devemos esquecer que tudo sempre depende das articulações de cima para baixo.

Sempre disse aqui que o governador de Pernambuco não pensa como o seu avô Miguel Arraes, Eduardo Campos é pragmático e determinado, por isso visa possibilidades de alcançar seus intentos.

Ele sabe que o seu maior empecilho é o profissional PMDB e o agora PSD, que fora criado com total apoio do PMDB e de Lula, além de ter passado a dar total apoio ao governo Dilma após ter saído fortalecido das eleições de 2012.

Contudo, Eduardo Campos viu seu PSB sair fortalecido dessa eleição e, assim, como o PMDB e o PT, também ficou com um dos grandes colégios eleitorais, Belo Horizonte.

Campos viu, ainda, o PSDB sair fragilizado, mas com grandes perspectivas para aglutinar um apoio a sua candidatura a Presidência da República, pois trocaria com Aécio Neves, que sairia ao governo de Minas Gerais e Anastásia sairia como vice na chapa de Eduardo.

A segunda alternativa de Eduardo Campos seria ser o vice de Dilma em 2014 e o cabeça de chapa em 2018, mas aí é que entra como minar toda e qualquer alternativa de aliança PT/PMDB? Destruindo-as primeiramente nos estados.

Aí é que eu concordo em número, gênero e grau com o artigo do jornalista Ed Wilson “O VÔO ALTO DE ZÉ CARLOS DO PT”, ele fala com primazia às articulações que estão sendo feitas. Esses movimentos começam dessa forma.  

Mas em política, existem vertentes que precisam ser analisadas. Isso é o desejo da presidente Dilma e da Executiva Nacional?

Vamos supor que essa estratégia dê certa ainda em 2013 e todos esses partidos da base aliada como PMDB, PBT, PSD, PV, PRB e outros menores se unam ao PSDB, PPS e ao DEM e passem a fazer oposição ao governo federal e declara apoio a candidatura de Aécio Neves, o que você acha que aconteceria com o país no próximo ano e nas eleições de 2014?

Cabeça foi feita para pensar e não para criar piolho!!!

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