Um dos alvos é a irmã de Juscelino Filho e prefeita de Vitorino Freire, Luanna Resende. Ela foi afastada do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal. Juscelino Filho, por sua vez, é investigado no caso, mas não é alvo da operação desta sexta-feira. Procurados pelo GLOBO, o Ministério das Comunicações e Juscelino Filho não se manifestaram.
As emendas indicadas por Juscelino Filho foram repassadas para a prefeitura de Vitorino Freire via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal loteada pelo Centrão e envolvido em suspeitas de irregularidades nos últimos governos. A Polícia Federal apura se valores direcionados para o município pelo órgão federal serviram para a contratação de empresas que, por sua vez, desviaram parte dos recursos.
Além dos recursos indicados via orçamento secreto, Juscelino Filho, ainda como deputado federal, indicou outros R$ 11,1 milhões diretamente para a prefeitura de Vitorino Freire por meio de emendas individuais.
Eduardo DP já foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como “conhecido agiota” de políticos e empresários do Maranhão. Ele também já foi acusado de usar documentos falsos e ter duas certidões de nascimento, três registros de CPF, dois registros de identidade e dois títulos de eleitor, apontam documentos obtidos pelo GLOBO.
Em janeiro, reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostrou que a prefeitura de Vitorino Freire contratou a Construservice para asfaltar uma estrada que passa em frente à fazenda do ministro. Na ocasião, o ministro afirmou que a pavimentação beneficiou povoados que vivem na mesma região da fazenda e disse conhecer o empresário Eduardo DP há mais de 20 anos.
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