A desembargadora maranhense Ângela Salazar recebeu nesta quarta-feira, no Senado Federal, o Diploma Bertha Lutz, honraria dedicada a cidadãs que tenham contribuído para a defesa dos direitos da mulher e para as questões do gênero no Brasil. O diploma foi concedido pela última vez em 2019 e o nome da desembargadora foi sugerido pelo senador Weverton.
“Indiquei a desembargadora por ver o mérito do seu trabalho e por reconhecer nela a força de um grande exemplo para todas as meninas e jovens do Maranhão. E até mesmo para os meninos. Ela é exemplo de trabalho, comprometimento, seriedade e valores éticos nos levam longe. Ela é exemplo de que o nosso estado não é só para filho de ricos e doutores. Todos podem chegar lá”, declarou o parlamentar.
Ainda no discurso, o senador falou sobre a trajetória de Ângela Salazar.
“A desembargadora é uma demonstração de que com oportunidades todas podem construir uma grande história. Ela, como eu, vem de uma família maranhense comum. Suas conquistas são frutos de uma boa educação dada pelos seus pais, com valores familiares cristãos e éticos, e do seu esforço pessoal, apoiado pela família, marido e filhos”, afirmou Weverton.
Ângela Salazar é graduada em Serviço Social e em Direito pela Universidade Federal do Maranhão. Foi delegada e promotora de Justiça do Ministério Público do Maranhão. Ingressou na Magistratura em 1986, tendo atuado em diversas comarcas e na vara da Infância e da Juventude de São Luís. Em 2005, implantou a 11ª Vara Criminal de São Luís, com competência para processar e julgar crimes contra crianças e adolescentes. Atuou também na Vara de Família e foi coordenadora do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Maranhão. Chegou ao cargo desembargadora por merecimento em 2013.
Além da desembargadora, estavam presentes na cerimônia o marido de Ângela Salazar, Carlos Santana, que é procurador do estado do Maranhão, o desembargador Jorge Rachid, as juízas eleitorais Ana Graziella e Camilla Ewerton Ramos, o advogado e ex-juiz eleitoral Daniel Leite, os deputados federais Aluízio Mendes e João Marcelo, o deputado estadual Roberto .
Prêmio Bertha Lutz
Reconhecimento dedicado a pessoas que tenham contribuído para a defesa dos direitos da mulher e para as questões do gênero no Brasil, o Diploma Bertha Lutz completa 20 anos em 2022. Depois de dois anos de interrupção, devido à pandemia de covid-19, a honraria voltou a ser entregue pelo Senado.
O nome do prêmio homenageia a bióloga Bertha Lutz (1894-1976), uma das figuras centrais do movimento sufragista brasileiro. A cientista da primeira metade do século 20 que empresta seu nome à premiação do Senado abraçou a luta pela emancipação das mulheres na academia, na política, na educação, na cultura e em outras áreas.
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