No lugar de Deus!!! Crise em Manaus: médicos são obrigados a decidir quem vive e quem morre independente da enfermidade

Publicado em   21/jan/2021
por  Caio Hostilio

Segundo as novas regras, pacientes que cheguem às unidades de saúde em estado terminal ou com situação considerada irreversível não serão mais enviados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A regra vale tanto para pessoas acometidas por covid-19 quanto para outras doenças, como câncer e problemas cardíacos. No interior do estado do Amazonas, a situação se repete, mas os pacientes sequer são enviados à capital.

No atendimento na emergência, os médicos avaliam cada caso e, se entendem que o paciente tem poucas chances de sobreviver, uma ligação por vídeo é realizada para a família para o paciente se despedir dos entes queridos. Após isso, o morador é alocado em um box de emergência, sem os equipamentos necessários para que sua vida seja mantida.

Informações apontam que 70% das mortes na capital são de outras doenças, aceleradas em razão da ocupação de leitos e lotação dos hospitais durante a pandemia do novo coronavírus. Mesmo com o crescimento exponencial de casos em Manaus, o serviço de saúde público da cidade não acompanhou a demanda.

Apenas dois grandes hospitais atendem os pacientes da capital e cidades do interior. A avaliação é de que o sistema de saúde seria sobrecarregado cedo ou tarde, e o avanço da covid-19 acelerou o agravamento da situação. O surgimento de uma nova cepa de coronavírus agravou ainda mais o cenário.

  Publicado em: Política

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