Ninguém causa mais horror neste momento ao presidente Jair Bolsonaro do que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mas, para o chefe do Executivo, o “estrelismo” de Maia está com os dias contados, acabará quando ele deixar de ser presidente da Câmara dos Deputados, em 1º de fevereiro.
A auxiliares, Bolsonaro avalia que, sem poder e sem nada a oferecer aos deputados, Maia será “aniquilado”, perderá relevância no debate político. Em compensação, a caneta Bic do presidente estará cheia de tinta para oferecer agrados aos parlamentares, mesmo que Baleia Rossi seja o vencedor na disputa pelo comando da Câmara.
Bolsonaro acredita que Maia, que já o chamou de “mentiroso” e “covarde”, mergulhou no desespero, pois descerá do pedestal. A ala ideológica do governo, por sinal, não faz outra coisa a não ser contar os dias para Maia voltar a ser um simples deputado. “Esse já vai tarde”, diz um integrante do governo.
Apesar de prever o “aniquilamento” de Maia, Bolsonaro sabe que não poderá tirar o deputado de seu radar de preocupações. Afinal, o ainda presidente da Câmara dos Deputados construiu ótimas relações e vai trabalhar pesado nos bastidores para tentar construir uma candidatura de centro a fim de peitar a reeleição de Bolsonaro.
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