A revelação pela Folha de que Dias Toffoli pediu e levou dados de movimentações financeiras de 600 mil cidadãos e empresas, no âmbito do processo em que ele suspendeu todas as investigações baseadas em relatórios do antigo Coaf e da Receita Federal, é mais do que um escândalo: é uma aberração, uma monstruosidade, um atentado à Constituição perpetrado pelo presidente da corte que deveria zelar por ela.
Dias Toffoli ou um servidor designado por ele podem acessar ilegalmente a vida financeira desses cidadãos e empresas, não importa se eles dentro da lei ou não, não importa se eles são investigados ou não. A justificativa do ministro é risível: “entender o procedimento de elaboração e tramitação dos relatórios financeiros”, segundo o jornal.
Dias Toffoli pode tudo, só não precisa prestar contas à sociedade. Até quando?
A PGR precisa reagir urgentemente — e os ministros do STF que ainda têm alguma conexão com a realidade precisam chamar o presidente do tribunal às falas.
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