Estranho!!! Caixas misteriosas achadas em praias do Nordeste podem ser de navio da 2ª Guerra

Publicado em   11/out/2019
por  Caio Hostilio

Caixas podem ser de navio alemão da Segunda Guerra

Caixas podem ser de navio alemão da Segunda Guerra 
A Universidade Federal do Ceará divulgou nesta quinta-feira que as centenas de caixas misteriosas encontradas no litoral nordestino desde 2018 podem ser de um navio alemão destruído por tropas americanas durante a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), o ponto de partida para a descoberta foi uma inscrição que havia em uma das caixas ‒ encontrada em julho deste ano em uma praia de Itarema (a cerca de 200 quilômetros de Fortaleza). Ela indicava que o material do navio cargueiro tinha saído da Indochina Francesa, localidade atualmente conhecida como Vietnã, Laos e Camboja. Durante a guerra, essa colônia foi dominada pelos japoneses, que, junto a alemães e italianos, formavam o Eixo.

Os dados encontrados indicariam que “esse produto era antigo, provavelmente de um naufrágio. Através dessa marcação [na caixa], fizemos uma pesquisa histórica e conseguimos identificar um cargueiro, chamado Rio Grande, que tinha uma carga de borracha com as inscrições referentes à Indochina Francesa”, explicou o Prof. Carlos Teixeira, um dos responsáveis pela pesquisa.

Pesquisadores também estudam as cracas (espécie de crustáceos) encontradas nas caixas
Pesquisadores também estudam as cracas (espécie de crustáceos) encontradas nas caixas 

Segundo um banco de dados americano sobre naufrágios no Atlântico Sul durante a Segunda Guerra, o cargueiro em questão transportava principalmente fardos de borracha bruta – que seria o material encontrado nas praias. O navio foi afundado em 1944. Os sobreviventes conseguiram sair em pequenos botes, depois desembarcaram em Fortaleza e foram presos na 10ª Região Militar. O navio foi encontrado em 1996, a cerca de 5,7 mil metros de profundidade.

“É um marco histórico, porque conseguimos identificar a origem dessas caixas em relação ao cargueiro que deve ter se rompido no fundo do mar”, afirmou Teixeira.

Ainda de acordo com os pesquisadores, há uma hipótese de que o mesmo navio seja a origem das manchas de óleo que têm chegado a diversas praias do Nordeste, uma vez que elas apresentam rota parecida com a que foi possivelmente percorrida pelas caixas. No entanto, estudos de outro tipo são necessários para realizar essa verificação.

  Publicado em: Política

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