Michel Temer aproveitou os vazamentos verdevaldianos para se vingar de Marcelo Bretas e Sergio Moro.
Leia um trecho de sua entrevista para a BBC Brasil:
Temer – Eu não sei se o juiz do Rio de Janeiro (Bretas, que ordenou sua prisão) tem contato com os procuradores, como se diz que tinha o juiz Moro com os procuradores. Não sei dizer. Mas que havia um sentido punitivista, não temo dizer, com absoluta convicção.
Esse contato entre Moro e Deltan seria impróprio?
Temer – A ser verdadeiros os diálogos que se verificaram, eu mais uma vez invoco a Constituição, não vou nem falar do juiz Moro. A função do juiz é ser imparte, ou seja, não parte interessada no litígio, daí a imparcialidade. Agora, se em vez de falar com o promotor, o procurador, (o juiz) tivesse falado com o advogado de defesa “faça isso, faça aquilo”, seria impróprio também.
O Judiciário há de ser permanentemente imparcial. Eu sou de Tietê, no interior de São Paulo, no meu tempo de menino, o juiz tomava o cuidado de não falar com quase ninguém.
Os verdevaldianos querem voltar àquele tempo em que o juiz tomava o cuidado para não prender ninguém que estivesse acima dele, especialmente um ex-presidente da República.
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