Apenas um questionamento: O coronel do PCdoB agiu por conta própria ou quiçá cumpriu ordens da legenda? Muito estranho um coronel da PMMA, mesmo sendo do PCdoB, ter agido sem um “pedido” de seus superiores de partido!!!
Folha de São Paulo
Uma sindicância sigilosa feita pela Polícia Militar do Maranhão apontou quatro responsáveis pela determinação de espionagem de opositores do governo Flávio Dino, inclusive um coronel que foi filiado a seu partido, o PC do B.
A apuração poupou, no entanto, o comando da corporação.
Segundo o governo, os quatro policiais envolvidos foram questionados e deverão apresentar sua defesa para que eventuais medidas sejam tomadas. Diz que a determinação de espionagem foi ilegal.
Candidato a deputado estadual em 2014, o coronel Heron Santos (foto) foi responsabilizado por ordenar, em abril, que comandantes informassem “as lideranças que fazem oposição (…), que podem causar embaraços no pleito eleitoral”.
Heron havia sido convidado informalmente pelo comandante-geral da PM do Maranhão, Jorge Luongo, a realizar um planejamento da chamada Operação Eleições 2018.
O subcomandante-geral, Pedro Ribeiro, orientou outro coronel, Zózimo Neto, a dar o apoio necessário a Heron na tarefa.
Por iniciativa própria, sem submetê-la a aprovação de seus superiores, segundo a sindicância, Heron instruiu Zózimo a ampliar a orientação para unidades do interior.
Zózimo repassou a ordem ao tenente coronel Emerson Farias Costa, que, na ausência do superior, assinou o ofício, extrapolando sua competência, “haja vista que não havia qualquer tipo de delegação de seu chefe imediato”, assinalou o investigador.
Segundo a apuração, o coronel Heron passou a cobrar Costa, a major Ana Paula Fróes Barros e um soldado sobre os resultados do monitoramento.
Em resposta, a major repassou o pedido de informações e, para isso, convocou reunião com PMs e determinou a elaboração de um e-mail para as unidades do interior.
Foram responsabilizados o coronel Heron, o tenente Costa, a major Ana Paula por “ter faltado com a verdade” na reunião com PMs em que exigiu celeridade na cobrança das informações do interior, e o major Antônio Carlos Araújo Castro, “por ter utilizado sem autorização a assinatura do coronel Markus Lima”.
Publicado em: Governo
Nas PMs e em todas as Organizações Militares do Brasil, é difícil a questão da hierarquia. Muitas das ordens superiores são passadas e repassadas verbalmente, de cima para baixo, sem quaisquer tipos de respaldos e formalidades legais; e aí daquele que questioná-las. Com certeza, poderá vir a sofrer qualquer tipo de sanção e perseguição, sendo colocado no corredor (termo militar). Imaginem se vierem do Governador ou do Secretário de Segurança. O pau só quebrará do lado mais fraco. Só nos resta lamentar as consequências danosas para os Oficiais PMs subordinados, envolvidos nesse episódio, e desejar a eles, muita proteção e sorte. É a vida!