Ao sair da casa de shows Bataclan, onde pessoas foram mantidas reféns, uma testemunha disse que os atiradores “dispararam contra a multidão com uma arma semiautomática”
“Há muitos mortos. É horrível, para ser honesto… Estava na parte dos fundos do bar. Não consegui ver nada”, ele disse.
“Ouvi tiros. As pessoas se jogaram no chão. Colocamos uma mesa sobre nossas cabeças para nos proteger. Ficamos presos no bar porque havia uma pilha de corpos na nossa frente.”
Relatos dão conta de que as poucas pessoas que tentaram sair às ruas foram orientadas pelos mais de 1.500 soldados que tomaram a cidade a se recolherem – mesmo pedido da prefeitura parisiense e da polícia desde o início dos ataques que deixaram mais de 120 mortos e um rastro de feridos na noite desta sexta-feira.
A França amanhece em estado nacional de emergência pela primeira vez desde 2005 – o decreto permite às autoridades a fechar espaços públicos, impor toque de recolher e restrições à circulação de veículos e pessoas.
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Embora suas fronteiras tenham sido fechadas, serviços de trem, como o prestado pela Eurostar entre Paris e Londres, devem ser mantidos. Pelo Twitter, a empresa confirmou que as viagens continuarão, mas ofereceu aos passageiros a possibilidade de remarcar seus tickets.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os aeroportos ficarão abertos e operando. Já escolas e universidades da região de Paris amanheceriam fechadas, diziam as agências de notícias.
Ao falar com a imprensa do lado de fora da casa de shows Bataclan, cenário de maior parte das mortes, o presidente francês, François Hollande, classificou os atentados como “uma abominação e um ato bárbaro” e disse que o país travará uma luta “sem misericórdia” contra os “terroristas”. Ele cancelou sua viagem à Turquia, onde participaria do encontro do G20.
Publicado em: Governo